'Não sei mais o sentido da vida', diz DJ Fabo em testamento
ROMA, 28 FEV (ANSA) - Foi divulgado nesta terça-feira, dia 28, o testamento do DJ Fabo, músico italiano de 39 anos que decidiu passar pelo procedimento da eutanásia na última segunda-feira (28) na Suíça. No texto, publicado pela associação Luca Coscioni, Fabiano Antonioni diz que não encontrava mais "o sentido da vida" e que achou mais "cheio de dignidade" e "coerente" com a pessoa que era terminar a sua "agonia" com o suicídio assistido.
O testamento do italiano começa contando quando ele ainda era pequeno, frequentando "a escola de música para aprender a tocar o violão". Segundo o DJ, ele sempre tinha destaque nos shows que fazia na infância e, devido ao seu talento, seus pais o forçaram a frequentar o Conservatório de Milão, do qual foi expulso por causa do seu "comportamento rebelde".
O texto continua falando sobre a segunda maior paixão da vida de Fabo, o moto cross, que ele teve que abandonar, infelizmente, em 2009 devido a "um incidente durante uma competição". Foi nesse momento, segundo o italiano, que ele se encontrou novamente com a música, desta vez mais moderna, e conseguiu agradecer seus pais pela sua musicalidade. Em Ibiza, na Espanha, finalmente se tornou um DJ e começou a fazer sucesso.
"Por trabalho, paixão e amor, nos últimos anos me divido entre a Itália e Goa, onde trabalho e vivo me mantendo com a música, descoberta por acaso em uma das viagens mais inesquecíveis da minha vida": a Índia. Por isso, junto com sua namorada, Fabo se muda para o país asiático e finalmente "se encontra". No entanto, o músico conta que seu sonho foi rapidamente destruído com o terrível acidente que o deixou cego e tetraplégico em 2014, que o transformou em uma pessoa "incapaz de suportar a dor seja física ou mental". "Prefiro estar sozinho agora. Vivo hoje na casa da minha mãe em Milão com uma pessoa que me ajuda e com a minha namorada, que passa o maior tempo possível comigo. Levam-me para passear, mas não tenho vontade. Os meus dias são cheios de sofrimento e desespero, não encontro mais o sentido da minha vida", afirma Fabo no texto. Nova eutanásia - Há um dia da morte do DJ Fabo, um aposentado italiano de 65 anos também decidiu acabar com sua vida na mesma estrutura onde Fabiano Antonioni optou pela eutanásia, na Suíça.
Segundo a sua mulher, Emanuela De Sanzio, Gianni Trez, de Veneza, não sofreu no procedimento, "estava sereno" e tinha sua companhia e da filha até o último instante. As mortes de Fabo e de Trez aumentam ainda mais a discussão da eutanásia na Itália, cuja lei na Câmara está tramitando na Casa há mais de um ano, sendo sempre adiada. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
O testamento do italiano começa contando quando ele ainda era pequeno, frequentando "a escola de música para aprender a tocar o violão". Segundo o DJ, ele sempre tinha destaque nos shows que fazia na infância e, devido ao seu talento, seus pais o forçaram a frequentar o Conservatório de Milão, do qual foi expulso por causa do seu "comportamento rebelde".
O texto continua falando sobre a segunda maior paixão da vida de Fabo, o moto cross, que ele teve que abandonar, infelizmente, em 2009 devido a "um incidente durante uma competição". Foi nesse momento, segundo o italiano, que ele se encontrou novamente com a música, desta vez mais moderna, e conseguiu agradecer seus pais pela sua musicalidade. Em Ibiza, na Espanha, finalmente se tornou um DJ e começou a fazer sucesso.
"Por trabalho, paixão e amor, nos últimos anos me divido entre a Itália e Goa, onde trabalho e vivo me mantendo com a música, descoberta por acaso em uma das viagens mais inesquecíveis da minha vida": a Índia. Por isso, junto com sua namorada, Fabo se muda para o país asiático e finalmente "se encontra". No entanto, o músico conta que seu sonho foi rapidamente destruído com o terrível acidente que o deixou cego e tetraplégico em 2014, que o transformou em uma pessoa "incapaz de suportar a dor seja física ou mental". "Prefiro estar sozinho agora. Vivo hoje na casa da minha mãe em Milão com uma pessoa que me ajuda e com a minha namorada, que passa o maior tempo possível comigo. Levam-me para passear, mas não tenho vontade. Os meus dias são cheios de sofrimento e desespero, não encontro mais o sentido da minha vida", afirma Fabo no texto. Nova eutanásia - Há um dia da morte do DJ Fabo, um aposentado italiano de 65 anos também decidiu acabar com sua vida na mesma estrutura onde Fabiano Antonioni optou pela eutanásia, na Suíça.
Segundo a sua mulher, Emanuela De Sanzio, Gianni Trez, de Veneza, não sofreu no procedimento, "estava sereno" e tinha sua companhia e da filha até o último instante. As mortes de Fabo e de Trez aumentam ainda mais a discussão da eutanásia na Itália, cuja lei na Câmara está tramitando na Casa há mais de um ano, sendo sempre adiada. (ANSA)
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