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Renzi lançará livro e promete revelar detalhes de seu governo

06/07/2017 12h31

ROMA, 5 JUL (ANSA) - O ex-primeiro-ministro da Itália Matteo Renzi lançará um livro no próximo dia 12 de julho em que contará sua experiência como chefe de Governo da Itália para "além das postagens" nas redes sociais.   

"Avanti" ("Adiante", em tradução livre) conterá "respostas" às críticas ao seu governo, além de aprofundar temas debatidos em redes sociais. Durante os mais de mil dias à frente do Conselho de Ministros, Renzi ficou conhecido também por responder os italianos tanto no Twitter como no Facebook no chamado "Matteo Risponde".   

Na abertura de sua obra, Renzi afirma querer "ir além dos 140 caracteres de uma postagem", em referência ao limite de espaço dado no Twitter.   

"Por isso, e também por isso, escrevi esse livro. Para convidar, envolver, entusiasmar. Porque percebi que sou depositário dos sonhos de uma parte dos italianos - e não por aquilo que sou, mas por uma série de circunstâncias", escreveu o ex-premier.   

O atual secretário do Partido Democrático (PD) ainda destacou que "um político tem o dever de ir além dos 140 caracteres de um post para exprimir suas ideias corretamente".   

"Estou convicto de que quem prestou um serviço para as instituições deve ser transparente e explicitar ponto por ponto os argumentos que marcaram aquela experiência ou, mais banalmente, responder críticas que lhes foram dadas", ressaltou em seu texto de abertura.   

O livro, que tem cerca de 240 páginas, ainda falará sobre os maiores desafios enfrentados pelo então premier durante seu mandato, o difícil relacionamento com os opositores e aponta os erros e acertos cometidos durante esse período.   

Renzi foi o premier mais novo da história da Itália, assumindo o poder em fevereiro de 2014. Ele ficou no cargo até a derrota de seu governo no referendo sobre uma mudança constitucional e uma reforma política realizado em dezembro de 2016.   

Durante todo o governo, Renzi implantou uma agenda de reformas e acumulou polêmicas com os opositores italianos e com a ala mais à esquerda do PD. Apesar de levar adiante seus projetos, o então primeiro-ministro foi constantemente acusado de atropelar os trabalhos do Parlamento e de ter uma postura agressiva.   

Após perder o referendo, ele deixou a liderança do PD, mas foi reeleito por seus correligionários em maio deste ano, mostrando que ainda tem força dentro do maior partido da Itália. (ANSA)
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