Governo espanhol começa a ter controle sobre a Catalunha
ROMA E BARCELONA, 30 OUT (ANSA) - O governo da Espanha começou, de fato, nesta segunda-feira (30) a controlar a região da Catalunha após a destituição de todos os seus líderes na última sexta-feira (27).
De acordo com dados oficiais, são cerca de 150 funcionários que terão que deixar seus postos nos ministérios e no Parlamento catalão a partir de hoje. O governo de Mariano Rajoy autorizou apenas que os ex-dirigentes da região fossem ao Parlamento para retirar seus pertences pessoais.
O ex-conselheiro Josep Rull, que era responsável pelo Território e Sustentabilidade, chegou a postar uma foto nas redes sociais dizendo que estaria trabalhando normalmente hoje, ignorando as ordens de Madri.
No entanto, pouco tempo depois, dois agentes dos Mossos d'Esquadra, a polícia local, foram ao seu gabinete e informaram que ele poderia ser preso por "usurpação das funções públicas" e deixou o local, segundo o jornal "La Vanguardia".
Já sobre o ex-presidente da região, Carles Puigdmont, e seu então vice, Oriol Junqueras, não há informações. Testemunhas no Parlamento dizem que não viram nenhum dos dois no local nesta segunda. De acordo com a mídia espanhola, Puigdemont pode ser preso se for à instituição hoje.
- 'Embaixador' em Bruxelas se demite: Em uma carta publicada no jornal catalão "Ara", o "embaixador" da Catalunha na União Europeia, Amadeu Altafaj, anunciou sua demissão do cargo.
Segundo a carta, o político considera esse um "momento triste" para região e destacou que "muitos catalães se sentiram desiludidos com a União Europeia", que em nenhum momento apoiou a declaração de independência da região.
"Quero dizer, porém, que a Europa é nossa, que a Europa também somos nós, os 7,5 milhões de catalães. E, por isso, devemos reivindicar com firmeza a Europa que queremos, uma Europa diferente na qual cidadãos e nações possam ser protagonistas, não atores em segundo plano", escreveu o "embaixador".
- A crise: A crise na Catalunha se agravou na última sexta-feira , quando o Parlamento catalão aprovou uma resolução de independência da Espanha.
Pouco tempo depois, o Senado aprovou o pedido do governo Rajoy de ativar o artigo 155, que retirou temporariamente a autonomia da Catalunha, destituiu seus líderes, dissolveu o Parlamento e colocou um representante de Madri no comando da região.
No sábado, o governo anunciou que a vice-premier, Soraya Sáenz de Santamaria, seria a nova presidente da Catalunha até as eleições marcadas para o dia 21 de dezembro. Já os ministros espanhóis assumiriam também as mesmas pastas na Catalunha até o pleito.
No entanto, os líderes catalães não aceitaram a decisão e informaram que continuariam a fazer o processo de separação de Madri, com a convocação de eleições da "nova República". (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
De acordo com dados oficiais, são cerca de 150 funcionários que terão que deixar seus postos nos ministérios e no Parlamento catalão a partir de hoje. O governo de Mariano Rajoy autorizou apenas que os ex-dirigentes da região fossem ao Parlamento para retirar seus pertences pessoais.
O ex-conselheiro Josep Rull, que era responsável pelo Território e Sustentabilidade, chegou a postar uma foto nas redes sociais dizendo que estaria trabalhando normalmente hoje, ignorando as ordens de Madri.
No entanto, pouco tempo depois, dois agentes dos Mossos d'Esquadra, a polícia local, foram ao seu gabinete e informaram que ele poderia ser preso por "usurpação das funções públicas" e deixou o local, segundo o jornal "La Vanguardia".
Já sobre o ex-presidente da região, Carles Puigdmont, e seu então vice, Oriol Junqueras, não há informações. Testemunhas no Parlamento dizem que não viram nenhum dos dois no local nesta segunda. De acordo com a mídia espanhola, Puigdemont pode ser preso se for à instituição hoje.
- 'Embaixador' em Bruxelas se demite: Em uma carta publicada no jornal catalão "Ara", o "embaixador" da Catalunha na União Europeia, Amadeu Altafaj, anunciou sua demissão do cargo.
Segundo a carta, o político considera esse um "momento triste" para região e destacou que "muitos catalães se sentiram desiludidos com a União Europeia", que em nenhum momento apoiou a declaração de independência da região.
"Quero dizer, porém, que a Europa é nossa, que a Europa também somos nós, os 7,5 milhões de catalães. E, por isso, devemos reivindicar com firmeza a Europa que queremos, uma Europa diferente na qual cidadãos e nações possam ser protagonistas, não atores em segundo plano", escreveu o "embaixador".
- A crise: A crise na Catalunha se agravou na última sexta-feira , quando o Parlamento catalão aprovou uma resolução de independência da Espanha.
Pouco tempo depois, o Senado aprovou o pedido do governo Rajoy de ativar o artigo 155, que retirou temporariamente a autonomia da Catalunha, destituiu seus líderes, dissolveu o Parlamento e colocou um representante de Madri no comando da região.
No sábado, o governo anunciou que a vice-premier, Soraya Sáenz de Santamaria, seria a nova presidente da Catalunha até as eleições marcadas para o dia 21 de dezembro. Já os ministros espanhóis assumiriam também as mesmas pastas na Catalunha até o pleito.
No entanto, os líderes catalães não aceitaram a decisão e informaram que continuariam a fazer o processo de separação de Madri, com a convocação de eleições da "nova República". (ANSA)
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