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EUA e Israel votam contra fim de embargo a Cuba

01/11/2017 17h52

NOVA YORK, 1 NOV (ANSA) - A Assembleia Geral da ONU aprovou nesta quarta-feira (1), pelo 26º ano consecutivo, uma resolução que pede o fim do embargo imposto há meio século pelos Estados Unidos contra Cuba.   

A sessão reuniu 193 países, sendo que 191 apoiaram a medida.   

Apenas Estados Unidos e Israel votaram contra a resolução que prevê o fim do "embargo econômico, comercial e financeiro" de Washington à ilha.   

No ano passado, o governo norte-americano se absteve pela primeira vez na votação da resolução, em consequência da aproximação do então presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ao poder cubano, restabelecendo relações diplomáticas com Havana.   

No entanto, neste ano, a delegação norte-americana votou contra depois que a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Nikki Haley, declarou que "todos os anos, a Assembleia Geral perde o seu tempo a examinar esta resolução", aprovada desde 1991.   

Haley ainda disse que a sessão não passava de um "teatro político" e que Washington estava disposto a seguir sua política com relação a Cuba, "embora fiquemos sozinhos".   

A diplomata garantiu que o governo vai continuar a votar contra este tipo de resoluções "enquanto o povo cubano estiver privado dos seus direitos".   

"O bloqueio a Cuba está inscrito na lei norte-americana e só o Congresso pode terminá-lo", apontou, referindo-se ao "estado deplorável da economia cubana" e a "opressão do povo" como razões para isso não acontecer.   

Por sua vez, o chanceler de Cuba, Bruno Rodríguez, foi à tribuna da ONU e expressou sua "mais enérgica condenação às declarações irrespeitosas, ofensivas e ingerencistas" de Haley.   

De acordo com o cubano, "não há uma cubana, nem serviço social em Cuba que não sofra privações e consequências do bloqueio", imposto pelo presidente John F. Kennedy à ilha em 1962.   

Durante o debate, a delegação da Rússia lamentou o "retrocesso evidente" nas relações entre Washington e Havana depois do início de uma reaproximação há três anos liderada por Obama.   

(ANSA)
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