Berlusconi pagou chefes da máfia Cosa Nostra, revela jornal
SÃO PAULO, 21 DEZ (ANSA) - O ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi pagou alguns dos chefes da máfia Cosa Nostra no fim da década de 1980, revelaram anotações do ex-juiz Giovanni Falcone publicadas pelo jornal "La Repubblica" nesta quinta-feira (21).
"Cinà tem boa relação com Berlusconi. Berlusconi deu 20 milhões [de liras] a Grado e também a Vittorio Mangano", foi o que escreveu o magistrado que combateu as infiltrações mafiosas no governo - e que foi assassinado pela própria Cosa Nostra.
De acordo com o jornal italiano, as anotações datam de 6 de novembro de 1989, cerca de cinco anos antes de Berlusconi se lançar na política de fato. Quem encontrou as anotações foi o ex-colaborador do juiz Giovanni Paparcuri, há alguns dias, no "escritório-museu" de Falcone.
"O doutor Falcone sempre fazia anotações antes de verbalizar.
Quando gravava, cortava com destreza os argumentos apresentados.
Essa folha será que ele esqueceu? Ou será que deixou no escritório para uma memória futuro", questiona Maurizio Ortolan ao periódico. Ele era responsável por datilografar as declarações de um dos arrependidos da máfia.
Os nomes dos mafiosos citados referem-se a dos expoentes do grupo naquela época. Um deles, é Gaetano Grado, um dos "boss" da Sicília que mais frequentavam Milão nos anos 1970. O outro é de Gaetano Cinà, um mafioso que era muito amigo do atual líder do Força Itália.
Já Mangano era conhecido por prestar diversos serviços para a mansão de Berlusconi, em Arcore.
Recentemente, em junho e em outubro, interceptações telefônicas chegaram a acusar Berlusconi de mandar realizar atentados terroristas da máfia em 1993. O ex-premier sempre negou as acusações. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
"Cinà tem boa relação com Berlusconi. Berlusconi deu 20 milhões [de liras] a Grado e também a Vittorio Mangano", foi o que escreveu o magistrado que combateu as infiltrações mafiosas no governo - e que foi assassinado pela própria Cosa Nostra.
De acordo com o jornal italiano, as anotações datam de 6 de novembro de 1989, cerca de cinco anos antes de Berlusconi se lançar na política de fato. Quem encontrou as anotações foi o ex-colaborador do juiz Giovanni Paparcuri, há alguns dias, no "escritório-museu" de Falcone.
"O doutor Falcone sempre fazia anotações antes de verbalizar.
Quando gravava, cortava com destreza os argumentos apresentados.
Essa folha será que ele esqueceu? Ou será que deixou no escritório para uma memória futuro", questiona Maurizio Ortolan ao periódico. Ele era responsável por datilografar as declarações de um dos arrependidos da máfia.
Os nomes dos mafiosos citados referem-se a dos expoentes do grupo naquela época. Um deles, é Gaetano Grado, um dos "boss" da Sicília que mais frequentavam Milão nos anos 1970. O outro é de Gaetano Cinà, um mafioso que era muito amigo do atual líder do Força Itália.
Já Mangano era conhecido por prestar diversos serviços para a mansão de Berlusconi, em Arcore.
Recentemente, em junho e em outubro, interceptações telefônicas chegaram a acusar Berlusconi de mandar realizar atentados terroristas da máfia em 1993. O ex-premier sempre negou as acusações. (ANSA)
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