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Vaticano nega problemas em debates com o governo chinês

31/01/2018 19h23

CIDADE DO VATICANO, 31 JAN (ANSA) - O porta-voz do Vaticano, Greg Burke, negou que existam divergências entre a fala do papa Francisco e as atitudes da Cúria Romana, o órgão administrativo da Igreja Católica, sobre as negociações para uma maior abertura religiosa na China.   

"O Papa está em constante contato com os seus colaboradores, em particular com a Secretaria de Estado, sobre as questões chinesas, e é informado por eles em matéria de fé e da particular situação da Igreja Católica na China - bem como sobre os passos do diálogo entre a Santa Sé e a República Popular chinesa, que ele acompanha com especial atenção", informou em nota o representante vaticano.   

Segundo o porta-voz, o Pontífice recebeu com "surpresa e tristeza" as afirmações que vão em sentido contrário e que alimentam "confusões e polêmicas".   

Apesar de não falar sobre fatos específicos, a fala de Burke surge após críticas públicas do cardeal emérito de Hong Kong, Jospeh Zen, que teria se reunido com Francisco nos últimos dias.   

Segundo Zen, que sempre foi contra as conversas entre Vaticano e China, a Igreja Católica está "se vendendo" para o governo chinês.   

Desde 1951, as relações diplomáticas entre os dois Estados foram cortadas. Por conta disso, é o governo de Pequim quem nomeia os bispos e arcebispos da Igreja Católica no país, o que sempre irritou a Santa Sé.   

No entanto, desde o Pontificado de Bento XVI, há debates para uma reaproximação entre os dois países. Desde que assumiu como líder católico, Jorge Mario Bergoglio tem acelerado as conversas sobre uma maior abertura religiosa na China, com os católicos podendo "mandar" em sua instituição também no país. (ANSA)
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