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Rafael Correa não se entregará à Justiça do Equador

04/07/2018 16h08

ROMA, 04 JUL (ANSA) - O ex-presidente do Equador Rafael Correa disse que não se entregará à Justiça, após a emissão de um mandado de prisão contra ele na última terça-feira (3).   

Ele é investigado por suposto envolvimento no sequestro de um opositor, o ex-deputado Fernando Balda. De acordo com o Ministério Público, Correa, que vive atualmente na Bélgica, não obedeceu a uma ordem de se apresentar à Corte Nacional equatoriana.   

Segundo o antigo líder, retornar ao seu país neste momento "seria quase um suicídio". O ex-mandatário também se defendeu das acusações, classificadas por ele "como um plano maquiavélico e totalmente ilegal".   

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, expressou solidariedade ao seu colega equatoriano. "Primeiro Cristina [Kirchner]. Depois Lula. Agora Rafael Correa. Que a perseguição contra os líderes de nossa América termine", tuitou.   

O ex-mandatário brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva também saiu em defesa de Correa. Além de manifestar-se no Twitter, o petista enviou uma carta ao antigo líder do Equador.   

"Soube que você também, de forma tão absurda como fazem comigo, é vítima de uma condenação da política, em que alguns juízes querem desqualificar-nos como dirigentes políticos, tirando do nosso povo o direito de decidir sobre nossos países", escreveu o brasileiro.   

"Te envio a minha solidariedade, com a certeza de que a Justiça finalmente triunfará e nossos povos decidirão democraticamente o futuro de nossos países e da América Latina", concluiu. (ANSA)
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