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Paquistão derruba jatos militares da Índia na Caxemira

27/02/2019 07h46

MUZAFFARABAD, 27 FEV (ANSA) - Em mais um episódio da escalada da tensão na Caxemira, a Aeronáutica do Paquistão abateu nesta quarta-feira (27) dois jatos militares da Índia que teriam invadido seu espaço aéreo.   

Um dos caças caiu no lado paquistanês da Caxemira, enquanto o outro precipitou em território indiano, na região da Cordilheira do Himalaia. Segundo o general Asif Ghafoor, porta-voz das Forças Armadas de Islamabad, os dois pilotos foram capturados, sendo que um foi internado e outro está sob custódia.   

O abatimento acontece poucas horas depois de tiros de morteiro disparados por tropas indianas terem matado pelo menos seis civis, segundo as forças paquistanesas, na Caxemira. Além disso, na última terça (26), a Índia já havia realizado ataques aéreos na área controlada pelo Paquistão na região.   

Nova Délhi alega que a ação teve como objetivo destruir um campo de treinamento de terroristas do grupo islâmico Jaish-e-Mohammad (JeM), que luta contra o domínio indiano na Caxemira, região majoritariamente muçulmana, e é baseado no Paquistão.   

O grupo reivindicou a autoria de um atentado que matou 40 militares indianos no último dia 14 de fevereiro Em meio à tensão, as autoridades paquistanesas fecharam o espaço aéreo do país para voos comerciais, enquanto a Índia adotou a mesma medida ao norte de Nova Délhi.   

As duas nações são potências nucleares e reivindicam o domínio da Caxemira em sua integridade. "Não temos intenção de escalada, mas estamos totalmente preparados para isso se formos forçados", ressaltou o general Ghafoor. Moradores da linha de controle, divisa entre os dois países na Caxemira, relataram intensas trocas de tiro durante a última noite.   

O coronel Devender Anand, porta-voz do Exército da Índia, disse que soldados paquistaneses atiraram contra posições militares na linha de controle e acusou o país vizinho de usar civis como "escudos humanos".   

A escalada da tensão também acontece a dois meses das eleições legislativas na Índia, quando o primeiro-ministro nacionalista hindu Narendra Modi tentará a reeleição. (ANSA)
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