UE não fará mais resgates de migrantes no Mediterrâneo
BRUXELAS, 27 MAR (ANSA) - Representantes dos 28 países da União Europeia chegaram a um acordo nesta terça-feira (26) para prorrogar por mais seis meses a missão naval "Sophia", criada em 2015 para combater a crise migratória no Mar Mediterrâneo.
A extensão do mandato, no entanto, prevê a suspensão temporária do uso de navios, o que, na prática, inviabilizará o trabalho exercido atualmente pela operação. A decisão foi tomada durante reunião do Comitê Político e de Segurança da UE, em Bruxelas.
Segundo fontes europeias, a suspensão das atividades de patrulha no Mediterrâneo Central é consequência da falta de acordo entre os Estados-membros sobre o local de desembarque das pessoas socorridas no mar.
A Itália exigia que outros países também recebessem esses migrantes, embora normas internacionais determinem que os desembarques aconteçam no "porto seguro" mais próximo. Dessa forma, o peso do primeiro acolhimento recai sobretudo nas nações do sul da Europa.
O mandato da Sophia terminava em 31 de março, e outras atividades da missão serão mantidas por mais seis meses, como o patrulhamento aéreo e o suporte e treinamento à Guarda Costeira da Líbia. O comando da operação continua com Roma.
"A Sophia é uma missão naval, e está claro que, sem navios no mar, não conseguirá cumprir plenamente seu mandato. Mas os Estados-membros decidiram assim", criticou a porta-voz da Comissão Europeia Maja Kocijancic.
A operação nasceu para combater traficantes de seres humanos e socorrer pessoas à deriva no Mediterrâneo Central. Atualmente, se ocupa também do treinamento da Guarda Costeira da Líbia e do enfrentamento ao transporte de armas para o país africano.
O apoio da União Europeia, especialmente da Itália, às forças de Trípoli é criticado por organizações de direitos humanos, já que migrantes resgatados pelos líbios são levados de volta ao país africano, onde há inúmeras denúncias de violações em centros de detenção.
A "Sophia" operava com três navios e oito veículos aéreos e recebeu esse nome em homenagem a uma bebê somali nascida após um resgate em uma embarcação alemã. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
A extensão do mandato, no entanto, prevê a suspensão temporária do uso de navios, o que, na prática, inviabilizará o trabalho exercido atualmente pela operação. A decisão foi tomada durante reunião do Comitê Político e de Segurança da UE, em Bruxelas.
Segundo fontes europeias, a suspensão das atividades de patrulha no Mediterrâneo Central é consequência da falta de acordo entre os Estados-membros sobre o local de desembarque das pessoas socorridas no mar.
A Itália exigia que outros países também recebessem esses migrantes, embora normas internacionais determinem que os desembarques aconteçam no "porto seguro" mais próximo. Dessa forma, o peso do primeiro acolhimento recai sobretudo nas nações do sul da Europa.
O mandato da Sophia terminava em 31 de março, e outras atividades da missão serão mantidas por mais seis meses, como o patrulhamento aéreo e o suporte e treinamento à Guarda Costeira da Líbia. O comando da operação continua com Roma.
"A Sophia é uma missão naval, e está claro que, sem navios no mar, não conseguirá cumprir plenamente seu mandato. Mas os Estados-membros decidiram assim", criticou a porta-voz da Comissão Europeia Maja Kocijancic.
A operação nasceu para combater traficantes de seres humanos e socorrer pessoas à deriva no Mediterrâneo Central. Atualmente, se ocupa também do treinamento da Guarda Costeira da Líbia e do enfrentamento ao transporte de armas para o país africano.
O apoio da União Europeia, especialmente da Itália, às forças de Trípoli é criticado por organizações de direitos humanos, já que migrantes resgatados pelos líbios são levados de volta ao país africano, onde há inúmeras denúncias de violações em centros de detenção.
A "Sophia" operava com três navios e oito veículos aéreos e recebeu esse nome em homenagem a uma bebê somali nascida após um resgate em uma embarcação alemã. (ANSA)
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