Vice-presidente da Assembleia Nacional é preso na Venezuela
O vice-presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, o opositor Edgar Zambrano, foi detido na noite de ontem por agentes do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin). A operação foi revelada pelo próprio opositor ao governo de Nicolás Maduro em sua conta no Twitter.
Na publicação, Zambrano afirmou que foi surpreendido pelo Sebin e, como se recusou a sair do carro, eles usaram um guincho para transportá-lo, de maneira forçada, diretamente à prisão. "Nós democratas vamos continuar a lutar", ressaltou.
O autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, também denunciou a operação do Sebin. "Alertamos ao povo da Venezuela e à comunidade internacional: o regime sequestrou o primeiro vice-presidente da Assembleia Nacional da Venezuela Édgar Zambrano. Tentam desintegrar o Poder que representa a todos venezuelanos, mas não vão conseguir", escreveu no Twitter.
Zambrano faz parte do grupo de sete deputados cuja imunidade parlamentar foi revogada ontem pela Assembleia Nacional Constituinte (ANC). Os Estados Unidos reagiram à prisão dizendo que a atitude foi totalmente "arbitrária, ilegal e indesculpável". Hoje, a União Europeia (UE), por sua vez, emitiu um comunicado fazendo um apelo pela libertação imediata de Zambrano, reforçando que considera "as autoridades relevantes responsáveis pela segurança e integridade" do preso.
"A detenção do vice-presidente da Assembleia Nacional, Edgar Zambrano, pela polícia secreta da Venezuela é mais uma violação flagrante da Constituição do país. É uma ação com a motivação política de silenciar a Assembleia Nacional", diz o texto.
Além disso, a UE ressalta que "os direitos civis, a segurança e a imunidade parlamentar de todos os membros da Assembleia Nacional, incluindo o seu presidente, Juan Guaidó, devem ser reconhecidos e totalmente respeitados".
Na última semana, o Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela chegou a acusar Zambrano de cometer vários crimes, como conspiração, traição à pátria, por apoiar a tentativa de golpe de Estado. Além dele, o TSJ acusou mais três parlamentares e elevou para 10 o número de deputados opositores que podem ser levados a julgamento.
No dia 30 de abril, Guaidó convocou um levante militar contra Maduro, mas acabou não tendo adesão das Forças Armadas.
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