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Em tensão com Irã,EUA enviam mil militares ao Oriente Médio

18/06/2019 13h00

NOVA YORK, 18 JUN (ANSA) - Em meio ao acirramento da crise com o Irã, os Estados Unidos anunciaram na noite desta segunda-feira (17) o envio de pelo menos 1 mil soldados norte-americanos adicionais para o Oriente Médio, informou o Pentágono.   

"Os recentes ataques iranianos comprovam as informações confiáveis e credíveis que recebemos sobre o comportamento hostil das forças iranianas e de grupos associados que ameaçam funcionários norte-americanos e interesses na região", disse o secretário interino de Defesa norte-americano, Patrick Shanahan, em comunicado.   

A decisão foi tomada pouco tempo depois da administração do presidente Donald Trump revelar novas fotos do ataque contra navios petroleiros no Golfo de Omã e acusar novamente o Irã de ser responsável pela ofensiva, realizada no último dia 13 de junho. As imagens, que foram feitas por um helicóptero militar dos EUA, mostrariam integrantes da Guarda Revolucionária do Irã removendo uma mina que não explodiu do navio japonês Kokuka Corageous. De acordo com Washington, as fotografias, assim como os vídeos divulgados na semana passada, provam o envolvimento do país no episódio. O Irã, no entanto, nega todas as acusações. O novo contingente de militares se unirá a cerca de outros 1,5 mil combatentes que já haviam sido enviados ao território no último mês de maio, quando aumentou o nível de tensão entre os Estados Unidos e o governo iraniano.   

A medida anunciada pelo governo Trump provocou críticas de chineses, que fizeram um apelo para "todos os lados", e de russos, os quais afirmaram que a medida pode ser um "caminho para provocar a guerra".   

O ministro de Relações Exteriores da China, Wang Yi, por sua vez, pediu que Irã e EUA "permaneçam racionais, exerçam comedimento e não tomem medidas que aumentem as tensões regionais". "Não abram uma caixa de Pandora", disse ele, ressaltando que Washington deveria mudar seus métodos extremados de fazer pressão" Nesta terça-feira (18), o presidente do Irã, Hassan Rouhani, chegou a dizer que não está disposto a entrar em uma guerra com nenhum país. Durante discurso transmitido pela TV estatal, o líder iraniano que "apesar de todos os esforços dos americanos na região, seu desejo de cortar nossos laços com o mundo e de manter o Irã isolado, não tiveram sucesso".   

Apesar da declaração, ontem o país anunciou que aumentará o seu estoque de urânio enriquecido para além do que havia sido firmado no acordo nuclear de 2015 e rompido pelos EUA em 2018.   

(ANSA)
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