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Itália aprova socorro econômico a cidades isoladas por vírus

Coronavírus liga alerta pelo mundo

29/02/2020 12h02

ROMA, 29 FEV (ANSA) - O governo da Itália aprovou na noite desta sexta-feira (28) um decreto com medidas econômicas para as chamadas "zonas vermelhas" da epidemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2).

Essas áreas se constituem das 11 pequenas cidades que estão em quarentena por causa da disseminação do vírus: Bertonico, Casalpusterlengo, Castelgerundo, Castiglione d'Adda, Codogno, Fombio, Maleo, San Fiorano, Somaglia e Terranova dei Passerini, todas na Lombardia, e Vo', no Vêneto. Elas representam 0,14% do total de municípios da Itália e 0,04% do território nacional.

O decreto prevê isenções ficais para os moradores e para doações de computadores e roupas, que seguirão as normas contra o desperdício alimentar. Além disso, o pagamento de contas de energia elétrica, água, gás e gestão de lixo, suspenso até 30 de abril, poderá ser parcelado.

O governo também criou um fundo rotativo para empréstimos sem juros a empresas agrícolas em dificuldade. "Enquanto outros países da Europa estão começando a enfrentar a epidemia, nós já introduzimos normas em benefício do setor produtivo. Os territórios afetados poderão recomeçar", disse o subsecretário de Estado do governo, Riccardo Fraccaro.

A medida aprovada nesta sexta ainda isenta todo o setor hoteleiro italiano, afetado pelos milhares de cancelamentos de viagens nos últimos dias, do pagamento de contribuições previdenciárias. "É um primeiro sinal concreto', disse o ministro das Finanças Roberto Gualtieri.

Já neste sábado (29), o governo acatou os pedidos da Lombardia, do Vêneto e da Emilia-Romagna, no norte da Itália, de manter as escolas e universidades fechadas por mais uma semana. Segundo o Ministério da Saúde, o país contabiliza 888 casos positivos do novo coronavírus em 14 de suas 20 regiões.

Desse total, 345 pessoas estão internadas em hospitais, 64 foram colocadas em terapia intensiva, e 412 estão assintomáticas e se encontram em isolamento domiciliar. 21 pessoas já morreram, e 46 se curaram. (ANSA)