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Sobe para 197 o número de mortos por coronavírus na Itália

28.fev.2020 - Preocupada com coronavírus, turista usa máscara de proteção perto do Coliseu, em Roma - Andreas Solaro/AFP
28.fev.2020 - Preocupada com coronavírus, turista usa máscara de proteção perto do Coliseu, em Roma Imagem: Andreas Solaro/AFP

06/03/2020 14h43

ROMA, 6 MAR (ANSA) - Subiu para 197 o número de mortos pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2) na Itália, de acordo com balanço divulgado nesta sexta-feira (6) pelo chefe da Defesa Civil do país, Angelo Borrelli.

Já a quantidade de pessoas contaminadas aumentou mais 620, totalizando 3.916 casos de infecções. Ao todo, o país registrou 4.636 casos de coronavírus, incluindo os 523 indivíduos recuperados.

A maior parte das vítimas tinha idade entre 55 e 101 anos e sofria de outros problemas de saúde. Segundo Borrelli, pelo menos 462 pacientes estão hospitalizados em terapia intensiva, o que significa um aumento de 111 pessoas em 24 horas.

Deste número total, 309 estão concentrados na Lombardia. Ao todo, existem 2.394 pacientes com sintomas internados em centros médicos e 1.060 em isolamento domiciliar.

A região da Lombardia, no norte da Itália, continua sendo a mais afetada, com 2.008 infectados. Já na Emília-Romanha são 816 pacientes, seguida do Vêneto (454), Piemonte (139), Marcas (155), Campânia (57), Ligúria (24), Toscana (78), Lazio (50), Friuli Venezia Giulia (28), Sicília (22), Puglia (15), Abruzzo (9), Vale de Aosta (7), Trentino (10), Molise (12), Úmbria (16), Bolzano (4), Calábria (4), Sardenha (5) e Basilicata (3).

Os óbitos foram registrados na Lombardia (135), Emília-Romagna (37), Vêneto (12), Marcas (4), Piemonte (4), Ligúria (3), Lazio (1) e Puglia (1).

O chefe da Defesa Civil explicou que, até o momento, o percentual de pessoas recuperadas é de 11,28% do número total de infectados, enquanto o de mortos é de 4,25%. Segundo Borrelli, um comitê técnico e científico está analisando as informações e dados para divulgar amanhã (7) quais são as zonas vermelhas do país.

Ele ainda informou que entre 200 e 250 agentes sanitários também foram contaminados pelo coronavírus. O balanço correto será divulgado nos próximos dias.

A epidemia da doença fez o governo italiano aprovar um decreto no qual estabelece uma série de medidas em âmbito nacional para conter a disseminação da doença. O texto inclui o fechamento de escolas e universidades até o próximo dia 15 de março, além da proibição de eventos esportivos e atividades culturais com público.

O presidente da Itália, Sergio Mattarella, inclusive, divulgou um vídeo convidando a população a se comportar com "responsabilidade" e evitar a ansiedade em meio ao surto.

Hoje, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, por sua vez, parabenizou o apelo do chefe de Estado e afirmou que a "Itália está reagindo fortemente". A mensagem foi publicada em sua conta no Twitter, em inglês e italiano, na qual enfatiza que "o governo italiano tomou medidas extraordinárias para conter a epidemia" do coronavírus.

"A OMS (Organização Mundial da Saúde) está ao seu lado", concluiu Ghebreyesus, que compartilhou um vídeo do prefeito de Milão, Giuseppe Sala. "Estamos próximos de Milão e de toda a Itália. Devemos ser solidários com os milaneses neste período difícil. Somente juntos podemos vencer a covid-19".