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Perto de reabertura, Pompeia anuncia novas descobertas

Pompeia era uma cidade romana próspera até ficar sob as cinzas e o material incandescente do Vesúvio - Getty Images
Pompeia era uma cidade romana próspera até ficar sob as cinzas e o material incandescente do Vesúvio Imagem: Getty Images

25/05/2020 12h19

Um nome feminino, "Mummia", descoberto em escavações no sítio arqueológico de Pompeia, no sul da Itália, pode jogar nova luz sobre os proprietários de uma grande propriedade suburbana que chegava até a orla.

A escrita está em uma parede pintada de preto e que também exibe uma delicada flor branca ao lado de folhas verdes, na altura de uma criança. Segundo os arqueológicos, o nome pode indicar uma ligação com os Mummii, uma importante família romana que, até então, nunca havia sido relacionada a Pompeia.

O sítio arqueológico reabre suas portas para o público amanhã, mas as escavações foram retomadas há alguns dias, especialmente em uma área situada fora dos muros da antiga cidade romana.

Os trabalhos estão revelando paredes e pinturas que indicam a existência de um grande e refinado complexo semelhante à célebre "Villa dei Misteri" ("Vila dos Mistérios"), uma das construções mais impressionantes de Pompeia.

"Todos os elementos nos fazem pensar em uma importantíssima vila suburbana, imponente e voltada ao mar, tão rica a ponto de hospedar em seus estábulos cavalos de raças nobres ornamentados em bronze", diz à ANSA o diretor do parque arqueológico, Massimo Osanna.

A residência pode ter pertencido a um general, a um magistrado militar de alto escalão ou a um expoente dos Mummii, como indica a grafia de criança em uma das paredes da casa - o achado está sendo analisado pelo epigrafista Antonio Varone.

Após a conclusão das escavações, que devem custar 2 milhões de euros (R$ 11,9 milhões), a residência será incluída no itinerário de Pompeia e aberta ao público.

O parque arqueológico é a terceira atração mais visitada da Itália e recebeu 4 milhões de pessoas em 2019, segundo o Ministério dos Bens Culturais, atrás apenas do Coliseu de Roma (7,5 milhões) e das Gallerie degli Uffizi, em Florença (4,4 milhões).