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Premiê britânico impõe restrições por 6 meses para conter 2ª onda de covid

Premiê britânico, Boris Johnson, em Northallerton; novas medidas de restrições devem durar 6 meses  -
Premiê britânico, Boris Johnson, em Northallerton; novas medidas de restrições devem durar 6 meses

22/09/2020 10h02

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, apresentou ao Parlamento nesta terça-feira (22) as novas regras para tentar controlar a disseminação do novo coronavírus (Sars-CoV-2) após sucessivas altas nos números de contágios e de internações hospitalares. Elas deverão permanecer em vigor por até seis meses.

Entre as novas regras, está o limite de horário de funcionamento às 22h para bares, restaurantes e pubs de todo o Reino Unido - atualmente, a regra vale apenas para algumas áreas de alta transmissão -, a proibição de mais de 15 convidados em casamentos, a volta do incentivo para que as pessoas trabalhem de suas residências, a obrigação do uso de máscaras em locais em que ainda não é obrigatório (como no caso dos táxis, por exemplo), e a introdução de controles rígidos sobre o máximo de seis pessoas em contatos sociais.

Também foi renovado o veto para a presença de público em eventos esportivos e proibida a prática de exercícios em grupo de mais de seis pessoas em locais fechados. As medidas já começam a valer na próxima quinta-feira (24) e, no caso das máscaras, quem for flagrado descumprindo a regra pagará 200 euros (R$ 1.272) de multa Johnson ainda informou que enviará, na próxima semana, uma extensão da legislação de emergência aprovada na fase mais aguda da pandemia para tentar controlar o avanço da Covid-19.

Para o premier, a situação atual "é um perigoso ponto de retomada" e não apenas pela quantidade de novas infecções, mas pela quantidade de internações hospitalares que "duplicaram" nos últimos dias.

"Agora é o momento de agir para evitar um lockdown", acrescentou.

O líder da oposição, Keir Starmer, aprovou as novas medidas, mas acusou o governo conservador de não ter uma estratégia completa de ação e criticou as falhas nos testes e no rastreamento das pessoas contaminadas. Para Starmer, se o Reino Unido precisar de um novo lockdown total, isso será um sinal de "falência" do Executivo.

Assim como ocorreu na maior parte dos países europeus, os números da pandemia voltaram a subir no Reino Unido após a reabertura econômica, que coincidiu com a temporada do verão no continente.

Desde o início do agosto, os contágios vêm aumentando, mas a partir de setembro, eles voltaram a atingir os níveis de abril e maio, com cerca de três a quatro mil novas contaminações diárias. Além disso, o sistema de saúde voltou a registrar uma elevação no número de internações e de mortes - mas que estão ainda abaixo do ápice da pandemia.

Até esta terça-feira, de acordo com os dados do Centro Universitário Johns Hopkins, o Reino Unido tem 401.127 casos do novo coronavírus e 41.877 óbitos. O território britânico é o que mais registra falecimentos na Europa em números absolutos.

(ANSA).

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