Premiê britânico impõe restrições por 6 meses para conter 2ª onda de covid
O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, apresentou ao Parlamento nesta terça-feira (22) as novas regras para tentar controlar a disseminação do novo coronavírus (Sars-CoV-2) após sucessivas altas nos números de contágios e de internações hospitalares. Elas deverão permanecer em vigor por até seis meses.
Entre as novas regras, está o limite de horário de funcionamento às 22h para bares, restaurantes e pubs de todo o Reino Unido - atualmente, a regra vale apenas para algumas áreas de alta transmissão -, a proibição de mais de 15 convidados em casamentos, a volta do incentivo para que as pessoas trabalhem de suas residências, a obrigação do uso de máscaras em locais em que ainda não é obrigatório (como no caso dos táxis, por exemplo), e a introdução de controles rígidos sobre o máximo de seis pessoas em contatos sociais.
Também foi renovado o veto para a presença de público em eventos esportivos e proibida a prática de exercícios em grupo de mais de seis pessoas em locais fechados. As medidas já começam a valer na próxima quinta-feira (24) e, no caso das máscaras, quem for flagrado descumprindo a regra pagará 200 euros (R$ 1.272) de multa Johnson ainda informou que enviará, na próxima semana, uma extensão da legislação de emergência aprovada na fase mais aguda da pandemia para tentar controlar o avanço da Covid-19.
Para o premier, a situação atual "é um perigoso ponto de retomada" e não apenas pela quantidade de novas infecções, mas pela quantidade de internações hospitalares que "duplicaram" nos últimos dias.
"Agora é o momento de agir para evitar um lockdown", acrescentou.
O líder da oposição, Keir Starmer, aprovou as novas medidas, mas acusou o governo conservador de não ter uma estratégia completa de ação e criticou as falhas nos testes e no rastreamento das pessoas contaminadas. Para Starmer, se o Reino Unido precisar de um novo lockdown total, isso será um sinal de "falência" do Executivo.
Assim como ocorreu na maior parte dos países europeus, os números da pandemia voltaram a subir no Reino Unido após a reabertura econômica, que coincidiu com a temporada do verão no continente.
Desde o início do agosto, os contágios vêm aumentando, mas a partir de setembro, eles voltaram a atingir os níveis de abril e maio, com cerca de três a quatro mil novas contaminações diárias. Além disso, o sistema de saúde voltou a registrar uma elevação no número de internações e de mortes - mas que estão ainda abaixo do ápice da pandemia.
Até esta terça-feira, de acordo com os dados do Centro Universitário Johns Hopkins, o Reino Unido tem 401.127 casos do novo coronavírus e 41.877 óbitos. O território britânico é o que mais registra falecimentos na Europa em números absolutos.
(ANSA).
Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.