Conte e Greta Thunberg debatem ações contra crise climática
ROMA, 19 OUT (ANSA) - O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, e um grupo de ativistas ambientais, incluindo a sueca Greta Thunberg, debateram nesta segunda-feira (19), durante videoconferência, medidas para combater a crise climática.
Em uma publicação no Twitter, o premiê disse ter ficado feliz com o encontro e afirmou que a Itália está na "vanguarda" de uma agenda de mudança a favor da causa.
"Estou feliz pela troca com Greta Thunberg e os ativistas que dão voz a tantos jovens no mundo. Discutimos como enfrentar a crise climática por meio de ações concretas, a nível nacional, europeu e global", escreveu Conte.
Além do político italiano e da jovem sueca, participaram da videoconferência outros ativistas do movimento Fridays For Future (Sextas-feiras pelo Futuro), como as italianas Laura Vallaro e Martina Comparelli, a belga Adélaide Charlier e a alemã Luisa Neubauer, e o ministro do Meio Ambiente da Itália, Sergio Costa.
Segundo Comparelli, o país europeu "assinou o acordo de Paris, mas está retrocedendo na ação climática. Por isso, não há meio-termo, é preciso "eliminar a infraestrutura de gás e as campanhas de lavagem verde para cumprir os objetivos de Paris".
"É uma questão de escolher entre o nosso futuro e os oleodutos.
Como é possível colocar os fósseis antes das pessoas?", questionou.
Vallaro, por sua vez, ressaltou que "as pessoas já estão perdendo seus empregos, adoecendo e morrendo por causa da crise climática".
"A pandemia nos mostrou o quão frágil é o atual sistema econômico e político e acreditam que podem sobreviver como civilização em um planeta mais quente do que 3 ou 4 graus - que é a direção que estamos indo - é simplesmente absurdo", acrescentou a italiana.
De acordo com Vallaro, "o tempo de evitar o colapso do clima está se esgotando. Mas desistir é condenar a nós mesmos e às gerações a um futuro caótico, e nós não devemos aceitá-lo.
Devemos enfrentar a realidade e tratar a crise climática como uma crise".
Após a reunião, Comparelli ainda disse à imprensa italiana que a conversa com os líderes italianos durou por muito tempo, mas sentiu que não ouviu nada sobre a luta das adolescentes.
A Itália, terceira maior economia da UE, presidirá o G20 de 2021 e assumirá, em parceria com o Reino Unido, a presidência da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26).
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