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Premiê italiano diz que é a favor da quebra de patente de vacina

Primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, afirmou que é favorável à quebra de patentes das vacinas anticovid - Peter Parks/AFP
Primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, afirmou que é favorável à quebra de patentes das vacinas anticovid Imagem: Peter Parks/AFP

07/05/2021 18h46Atualizada em 07/05/2021 20h15

O primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, afirmou nesta sexta-feira (7) que é favorável à quebra de patentes das vacinas anticovid. A declaração ocorreu durante o jantar de trabalho dos líderes europeus na reunião de cúpula que está sendo realizada em Portugal.

Segundo fontes que acompanham o encontro, o premiê italiano afirmou que, no contexto da remoção do bloqueio das exportações, "vejo favoravelmente a proposta do presidente Joe Biden" sobre a quebra das patentes.

Ainda conforme os presentes, Draghi ressaltou que o mundo "está de frente para um evento único: milhões de pessoas que não têm condições de comprar vacinas estão morrendo". O chefe de Governo afirmou que a "proposta temporária" não apresenta perigo para a indústria farmacêutica, e lembrou que as empresas receberam aportes "enormes" dos governos nacionais.

O economista ainda ressaltou que é preciso que os outros países do mundo também exportem mais as vacinas anticovid, assim como a União Europeia faz desde o início.

No entanto, a visão de Draghi não é unânime dentro do bloco, encontrando resistência de diversas nações, como a Alemanha.

Mais cedo, ao fim das reuniões formais, a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, afirmou que a quebra de patentes "não resolve os problemas" atuais e que é preciso que outros países ricos também exportem mais.

"Cerca de 50% do que é produzido na Europa é exportado para 90 países, incluindo a Covax. São cerca de 200 milhões de doses que foram exportadas e cerca de 200 milhões de doses distribuídas aos europeus. Convidamos a todos os que estão se empenhando no debate da quebra temporária das patentes para se unirem a nós e exportar uma grande parte do que produzem", acrescentou Von der Leyen.