UE aprova 4º pacote de sanções contra governo de Belarus
Os ministros das Relações Exteriores dos 27 países-membros da União Europeia aprovaram nessa segunda-feira (21) o quarto pacote de sanções econômicas contra Belarus, que inclui punições a 78 pessoas e oito empresas.
Além de empresários ligados ao governo, a lista inclui também familiares do presidente do país, Aleksandr Lukashenko, militares de alto escalão e juízes. A lista completa de punidos será publicada ainda nesta segunda-feira no Diário Oficial da UE.
Conforme fontes do bloco, as sanções já entrarão em vigor e também incluem o congelamento de bens nos países-membros e proibições de viagens para o bloco. As empresas, por sua vez, serão atingidas em seus serviços financeiros, bem como na exportação de potássio, com restrições também ao setor energético.
"Hoje a UE envia outro forte sinal de apoio para o povo de Belarus impondo novas medidas de restrições. Nossa mensagem para o regime não pode ser mal interpretada: libertem os prisioneiros políticos, parem com a repressão e iniciem um diálogo nacional inclusivo", escreveu em seu Twitter o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.
O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Heiko Maas, afirmou que os representantes "querem fazer a sua parte para secar financeiramente o regime de Lukashenko". Ainda conforme o ministro, o novo pacote de sanções "é um grande resultado" porque mostra que países que têm relações econômicas com Belarus, como a própria Alemanha, "estão prontos para aceitar as perdas" ao impor novas sanções.
A votação para impor o novo pacote de punições ocorreu após uma audiência com uma das principais opositoras políticas do país, Svetlana Tikhanovskaya.
As relações entre os europeus e o governo de Belarus vêm se deteriorando há anos, com o bloco classificando Lukashenko como o "último ditador da Europa", já que ele está no poder desde 1994. No entanto, a partir de julho do ano passado, a situação piorou muito após as eleições presidenciais, onde o presidente "venceu" a disputa com mais de 90% dos votos.
Ainda na noite da votação, os cidadãos saíram para as ruas para protestar contra os resultados e para ter eleições livres. Desde então, a UE - e outros países ocidentais, como Reino Unido e Estados Unidos - começaram a impor duras sanções contra o regime.
O novo pacote de punições foi imposto após um novo incidente diplomático. No dia 23 de maio, um avião da Ryanair foi obrigado a pousar em Minsk por uma suposta suspeita de bomba a bordo.
A aeronave ia de Atenas, na Grécia, até Vilnius, na Lituânia e nada foi encontrado pelas autoridades. Porém, o jornalista Roman Protasevich, ferrenho opositor de Lukashenko, estava a bordo e foi preso no aeroporto.
Atualmente, Lukashenko só tem como aliado o presidente da Rússia, Vladimir Putin.
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