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Mais de 500 podem ter morrido em onda de calor no Canadá

27.jun.2021 - Um homem se refresca em uma estação de nebulização durante o calor escaldante de uma onda de calor em Vancouver, na Colúmbia Britânica, no Canadá - REUTERS / Jennifer Gauthier
27.jun.2021 - Um homem se refresca em uma estação de nebulização durante o calor escaldante de uma onda de calor em Vancouver, na Colúmbia Britânica, no Canadá Imagem: REUTERS / Jennifer Gauthier

05/07/2021 10h19Atualizada em 05/07/2021 11h31

A quantidade de pessoas que morreram em meio à fortíssima onda de calor que atingiu o Canadá pode passar de 500, informam as autoridades locais. A estimativa se baseia na análise da média semanal desse tipo de óbito e o registrado na última semana.

Em entrevista ao jornal "The Guardian", a chefe do Departamento de Medicina Legal da província da Colúmbia Britânica, Lisa Lapointe, informou que foram 719 mortes subidas durante a semana passada, que registrou recordes quase diários de temperaturas extremas.

O número é "sem precedentes" e "acreditamos que o clima extremo é um fator que contribuiu significativamente para o aumento de mortes".

Segundo Lapointe, a média de falecimentos repentinos semanal é de 230, por isso, ela estima que mais de 500 pessoas tenham o calor entre os motivos que levaram a óbito. E grande parte dessas pessoas eram idosos que moravam sozinhos e em residências com poucas opções de ventilação.

No entanto, a chefe-legista diz que as investigações sobre os números "levarão semanas" para serem concluídas e não descarta uma quantidade ainda maior de vítimas do que o que foi computado até agora.

Na última semana, a província da Colúmbia Britânica registrou altíssimas temperaturas e a pequena cidade de Lytton bateu por três vezes o recorde histórico do país: 46,5°C, 47,8°C e 49,6°C, respectivamente, nos dias 27, 28 e 29 de junho.

Além do Canadá, também os Estados Unidos registraram cerca de 110 mortes no período por conta do "domo de calor", a onda de ar quente que se estendeu da Califórnia ao Ártico.