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Itália, que preside o G20, quer convocar reunião sobre o Afeganistão

"É importante agir de maneira coordenada em relação aos talebans", disse ministro das Relações Exteriores da Itália - Zakeria Hashimi/AFP
'É importante agir de maneira coordenada em relação aos talebans', disse ministro das Relações Exteriores da Itália Imagem: Zakeria Hashimi/AFP

Em Roma (Itália)

19/08/2021 12h56Atualizada em 19/08/2021 13h01

A Itália quer convocar uma cúpula de líderes do G20 para discutir o retorno do grupo fundamentalista Taleban ao poder no Afeganistão.

Segundo informações de bastidores, o ministro italiano das Relações Exteriores, Luigi Di Maio, apresentou a ideia ontem, durante uma reunião virtual entre chanceleres do G7 sobre a crise afegã.

"A Itália, como presidente do G20 [em 2021] e em estreita coordenação com o G7, planeja convocar uma reunião ad hoc (para isto) de líderes para promover uma discussão aprofundada entre os membros sobre o Afeganistão", disse Di Maio no G7.

De acordo com o ministro, levar o debate para o âmbito do G20 seria uma forma de incluir China, Rússia e Turquia, sendo que os dois primeiros já ensaiam uma aproximação com o Taleban para preencher o vácuo criado pela retirada dos EUA e da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

A Itália vai sediar a cúpula anual dos líderes do G20 em 30 e 31 de outubro, em Roma.

Além do país anfitrião, o grupo inclui África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia e União Europeia.

"É importante agir de maneira coordenada em relação aos taleban. Devemos julgá-los por suas ações, não por suas palavras. Precisamos manter uma posição firme sobre o respeito aos direitos humanos e das liberdades", acrescentou Di Maio na reunião de ontem.

Segundo o ministro, a Itália já evacuou mais de 500 civis afegãos nesta semana e planeja remover outros 2,5 mil nos próximos dias. O país também doou 250 mil euros (cerca de R$ 1,6 milhão) para o Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados),