Padre italiano é suspenso após organizar peregrinação antivacina
BERGAMO, 11 FEV (ANSA) - Um padre de Bergamo, uma das cidades da Itália mais afetadas pela Covid-19 no início da pandemia, foi suspenso de suas atividades nesta sexta-feira (11) após organizar uma peregrinação por várias igrejas do país para difundir sua ideias contra a vacina e o passaporte sanitário.
O religioso Emanuele Personeni foi "exonerado de todos os deveres pastorais pelo bispo de Bergamo, Francesco Beschi, por ter abandonado a paróquia e não ter cumprido seu compromisso como sacerdote.
Personeni usou suas redes sociais, onde é seguido por quase 9 mil pessoas, para divulgar sua peregrinação, iniciada hoje em Ambivere, Mapello e Valtrighe. O seu trajeto inclui também Sotto il Monte, terra natal do papa João XXIII.
Em um vídeo, o padre fez uma propaganda antivacina, não autorizada pelos líderes eclesiásticos, em uma postura considerada polêmica pelo papel que exerce. "Não à obrigação de vacinação, não à chantagem, não ao passe verde em nome da liberdade e do respeito", diz a mensagem.
Com a suspensão, a Igreja quis distanciar-se das teses que negam e se opõem às vacinas e da iniciativa promovida pelo padre.
No passado, Personeni também teria sido o autor de outras iniciativas antivacinas, junto com alguns padres, como a distribuição de um panfleto intitulado "Covid-19, as contas não batem", incentivando as pessoas contra as medidas do governo.
Em uma nota aos sacerdotes, dom Beschi explica que a iniciativa "tomada por Personeni, de abandonar o ofício e a comunidade confiada ao seu cuidado pastoral como vigário paroquial, é absolutamente pessoal e contrasta com as indicações dadas pelo bispo de Bergamo".
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