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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Ucrânia denuncia uso de armas de fósforo pela Rússia, tipo de substância tóxica

24/03/2022 08h01Atualizada em 24/03/2022 09h05

Autoridades da Ucrânia voltaram a acusar a Rússia de utilizar bombas de fósforo, tipo de substância cujo uso é limitado por uma convenção internacional da qual Moscou é signatária.

"Durante a madrugada, os invasores bombardearam a região de Luhansk com mísseis e bombas de fósforo. Já sabe-se que quatro pessoas morreram, e os russos danificaram ou destruíram muitas casas", denunciou hoje o chefe da administração regional de Lugansk, Sergey Gaidai, citado pela agência ucraniana Unian.

De acordo com ele, foram atingidas as cidades de Severodonetsk, Lysychansk, Rubizhne, Kreminna, Novodruzhesk e Voevodivka. "Os russos não conseguem penetrar com profundidade e começaram a usar armas pesadas, lançando bombas de fósforo. Infelizmente, o número de vítimas pode ser muito maior", acrescentou Gaidai.

Na última quarta (23), a Ucrânia já havia denunciado o uso de bombas de fósforo branco em Irpin e Gostomel, nos arredores da capital Kiev. Esse tipo de substância é altamente tóxica e inflamável e pode provocar desde queimaduras graves até necroses.

Uma convenção assinada em Genebra em 1980 proíbe a utilização de fósforo branco contra populações civis ou contra alvos militares dentro de uma área civil.

Nas últimas semanas, Moscou e Kiev trocaram acusações mútuas sobre um possível uso de armas químicas na guerra, e os países ocidentais denunciaram planos da Rússia de realizar ataques sob bandeira falsa.

"Devemos nos preparar para isso", afirmou nesta quinta-feira o premiê holandês, Mark Rutte, ao chegar a Bruxelas para uma cúpula de líderes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Já o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, montou um grupo encarregado de preparar planos de emergência para o caso de a Rússia usar armas químicas, biológicas ou nucleares, segundo o jornal The New York Times.

O objetivo dessa força-tarefa é determinar como os EUA e seus aliados poderiam reagir se Vladimir Putin passar a usar armamentos mais pesados na Ucrânia.