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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Secretário da ONU pede 'desescalada retórica' sobre Ucrânia

Secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, pede "desescalada retórica" sobre Ucrânia após falas de Joe Biden - Michael Sohn/Pool/AFP
Secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, pede 'desescalada retórica' sobre Ucrânia após falas de Joe Biden Imagem: Michael Sohn/Pool/AFP

28/03/2022 13h48Atualizada em 28/03/2022 14h18

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou nesta segunda-feira (28) que é necessária uma diminuição da "retórica" em relação à guerra na Ucrânia.

A declaração foi dada após o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ter chamado Vladimir Putin de "carniceiro" e "ditador" e ter dito que o líder russo "não poderia continuar no poder".

"Acredito que precisamos de uma redução da escalada. Precisamos de uma desescalada militar e da retórica", disse Guterres ao ser questionado pela ANSA sobre os comentários de Biden no último fim de semana.

As falas do presidente dos EUA foram interpretadas como um apoio a uma mudança de regime no Kremlin, o que foi posteriormente negado pela Casa Branca, pelo secretário de Estado Antony Blinken e pelo próprio Biden.

Além disso, o presidente da França, Emmanuel Macron, alertou para os riscos de uma "escalada verbal" com a Rússia, enquanto a União Europeia afirmou que cabe aos russos decidir por quem serão governados.

Trégua

Também nesta segunda, Guterres revelou ter pedido para o coordenador de assuntos humanitários da ONU, Martin Griffiths, "explorar imediatamente com as partes envolvidas" na guerra na Ucrânia "possíveis acordos para um cessar-fogo".

"Vamos ser claros: a solução para essa tragédia é política. Faço um apelo por um cessar-fogo humanitário imediato para permitir progressos sérios nas negociações políticas, voltados a alcançar um acordo de paz baseado nos princípios da carta da ONU", declarou o secretário-geral.

Segundo Guterres, a cessação das hostilidades permitirá a entrada de ajudas humanitárias essenciais e que civis se desloquem em segurança". "Espero que uma trégua também ajude a enfrentar as consequências globais dessa guerra, que arriscam agravar a profunda crise da fome em muitos países em via de desenvolvimento", ressaltou.