Secretário da ONU pede 'desescalada retórica' sobre Ucrânia
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou nesta segunda-feira (28) que é necessária uma diminuição da "retórica" em relação à guerra na Ucrânia.
A declaração foi dada após o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ter chamado Vladimir Putin de "carniceiro" e "ditador" e ter dito que o líder russo "não poderia continuar no poder".
"Acredito que precisamos de uma redução da escalada. Precisamos de uma desescalada militar e da retórica", disse Guterres ao ser questionado pela ANSA sobre os comentários de Biden no último fim de semana.
As falas do presidente dos EUA foram interpretadas como um apoio a uma mudança de regime no Kremlin, o que foi posteriormente negado pela Casa Branca, pelo secretário de Estado Antony Blinken e pelo próprio Biden.
Além disso, o presidente da França, Emmanuel Macron, alertou para os riscos de uma "escalada verbal" com a Rússia, enquanto a União Europeia afirmou que cabe aos russos decidir por quem serão governados.
Trégua
Também nesta segunda, Guterres revelou ter pedido para o coordenador de assuntos humanitários da ONU, Martin Griffiths, "explorar imediatamente com as partes envolvidas" na guerra na Ucrânia "possíveis acordos para um cessar-fogo".
"Vamos ser claros: a solução para essa tragédia é política. Faço um apelo por um cessar-fogo humanitário imediato para permitir progressos sérios nas negociações políticas, voltados a alcançar um acordo de paz baseado nos princípios da carta da ONU", declarou o secretário-geral.
Segundo Guterres, a cessação das hostilidades permitirá a entrada de ajudas humanitárias essenciais e que civis se desloquem em segurança". "Espero que uma trégua também ajude a enfrentar as consequências globais dessa guerra, que arriscam agravar a profunda crise da fome em muitos países em via de desenvolvimento", ressaltou.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.