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Ucrânia confirma evacuação de 50 civis de Azovstal

5.mai.2022 - Possível bombardeio ao complexo Azovstal, em Mariupol, é observado em imagem aérea obtida a partir de um vídeo de divulgação adquirido pela agência Reuters - Ministério da Administração Interna da República Popular de Donetsk/Reuters
5.mai.2022 - Possível bombardeio ao complexo Azovstal, em Mariupol, é observado em imagem aérea obtida a partir de um vídeo de divulgação adquirido pela agência Reuters Imagem: Ministério da Administração Interna da República Popular de Donetsk/Reuters

06/05/2022 16h05Atualizada em 06/05/2022 16h39

KIEV, 6 MAIO (ANSA) - Pelo menos 50 civis ucranianos foram evacuados nesta sexta-feira (6) da siderúrgica Azovstal em Mariupol, informaram as autoridades de Kiev, enquanto a mídia russa relatou 51 pessoas retiradas ao todo, incluindo algumas crianças.

Os corredores humanitários vão ficar fechados até amanhã de manhã, último dia do cessar-fogo anunciado por Moscou, divulgou a agência Tass.

Mais cedo, a milícia de extrema-direita Batalhão de Azov declarou que, durante o cessar-fogo no território da siderúrgica, tropas russas dispararam contra um carro que transportava civis para retirá-los da fábrica. Um soldado morreu e seis ficaram feridos, segundo um comunicado divulgado no Telegram, conforme relatos do Ukrainska Pravda.

"O inimigo continua violando todos os acordos e descumprindo as garantias de segurança para a evacuação de civis", afirmou o batalhão de Azov.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, por sua vez, denunciou que os russos acreditam que podem permanecer "impunes" em relação aos "seus crimes de guerra porque têm o poder de um estado nuclear".

Durante discurso em vídeo de Kiev, ele definiu o ataque das forças de Moscou contra Azovstal como algo que "não é uma" ação militar "mas" tortura, porque está "tentando" matar de fome "os sitiados". russos, alimentada, segundo ele, por décadas de "ódio" e "propaganda anti-ucraniana".

Ontem, a ONU enviou um novo comboio para resgatar os civis da siderúrgica Azovstal, último reduto da resistência ucraniana em Mariupol. A Ucrânia, no entanto, acusa a Rússia de não ter respeitado uma trégua unilateral que tinha prometido para facilitar a retirada dos civis da cidade portuária, considerada alvo-chave da ofensiva de Moscou para unir as áreas sob seu controle no leste e no sul do país.