EUA, França e Reino Unido fazem apelo por segurança em usina nuclear da Ucrânia
Os líderes das quatro maiores potências ocidentais lançaram um apelo neste domingo (21) contra "operações militares" na área da usina nuclear de Zaporizhzhia, maior central de energia atômica da Europa.
A planta pertence à Ucrânia, mas está sob controle militar da Rússia e foi palco de combates no início de agosto, gerando temores de uma catástrofe nuclear equiparável à de Chernobyl.
Os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da França, Emmanuel Macron, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, e o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, conversaram por telefone e destacaram a "necessidade de se evitar operações militares nos arredores da usina".
Além disso, ressaltaram a importância de uma visita de técnicos da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) "o quanto antes para verificar o estado dos sistemas de segurança" em Zaporizhzhia.
Rússia e Ucrânia se acusam mutuamente de realizar ataques no perímetro da central nuclear, que continua sendo operada por funcionários ucranianos, porém sob comando de Moscou.
Na última sexta (19), Macron conversou com o presidente Vladimir Putin e disse que o líder russo concordou com o envio de uma missão da Aiea para Zaporizhzhia, mas o Kremlin ainda não confirma.
Na semana passada, a Rússia havia listado algumas condições para permitir a inspeção, incluindo as exigências de que a missão não passe por Kiev nem aborde a desmilitarização da usina, algo que Moscou diz ser "impossível" no momento.
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