O drama do menino sequestrado há 27 anos e cujos restos só foram encontrados agora
Jacob Wetterling andava de bicicleta com seu irmão e um amigo quando um homem mascarado e armado apareceu em uma estrada perto de sua casa em St. Joseph, área rural do Estado de Minnesota, nos Estados Unidos.
Era 22 de outubro de 1989 e Jacob foi sequestrado.
Ninguém nunca mais soube do paradeiro dele, que tinha 11 anos à época.
Ninguém foi preso ou processado pelo crime. O caso, contudo, provocou uma mudança nas leis de registro de criminosos sexuais nos Estados Unidos.
No sábado, há quase 28 anos do desaparecimento de Jakob, veio a confirmação de que ele tinha sido morto. A polícia anunciou que os restos da criança foram encontrados e identificados por peritos.
"Nossos corações estão quebrados", afirmou a mãe de Jacob, Patty Wetterling, numa mensagem de texto enviada à estação de televisão local na qual confirmou que os restos do filho foram encontrados.
Um funcionário da polícia disse à agência Associated Press que foi uma "pessoa de interesse" no caso de Jacob quem levou as autoridades a um campo, no centro de Minnesota. O oficial, que pediu para não ser identificado, disse que, além dos restos da criança, também foram localizadas outras provas no caso -- que não foi arquivado e ainda está sob investigação.
O desaparecimento de Jacob marcou a infância de muitos na zona rural de Minnesota. Não apenas mudou a forma como os pais deixam seus filhos brincar livremente e também teve impacto sobre leis norte-americanas.
A mãe do garoto, Patty Wetterling, passou a participar de eventos de parentes de desaparecidos e a militar na área de proteção de crianças e adolescentes. Em 1991, cerca de dois anos depois do sequestro de Jacob, uma lei estadual foi criada para fornecer às autoridades uma lista completa de criminosos sexuais que vivem em Minnesota.
Em seguida, em 1994 , o Congresso norte-americano aprovou uma lei ordenando cada Estado a criar um registro similar, com o nome dos criminosos sexuais.
Durante anos, o rosto de Jacob apareceu em inúmeros cartazes. Uma vez por ano, moradores de Minnesota eram convidados a acender as luzes na entrada de suas casas para orar pelo retorno do garoto.
A mãe de Jacob, que sempre manteve as esperanças de um dia encontrar o filho com vida, fundou uma associação que ajuda famílias e comunidades a protegerem crianças. A entidade ganhou o nome de Jacob Wetterling e, neste sábado, publicou em sua página da internet uma declaração de dizendo estar "profundamente tristes".
"Nós não queríamos que a história de Jacob acabasse desta forma. Neste momento de dor e choque, voltamos ao começo. A família Wetterling tinha a opção de entrar em amargura e alimentar o ódio ou de caminhar em direção a uma luz que poderia ser de esperança. A opção da família mudou o mundo", disseram os representantes da entidade no comunicado.
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