A estudante russa que descobriu 5 ilhas desconhecidas no Ártico
Uma expedição russa pelo Ártico confirmou a descoberta de Marina Migunova. O derretimento das geleiras devido ao aquecimento global está gerando mudanças nos mapas e na descoberta de novas terras.
As horas que Marina Migunova passou analisando imagens de satélite de uma geleira no norte da Rússia valeram a pena: ela encontrou cinco ilhas desconhecidas.
A jovem estudante fez a descoberta em 2016, mas a localização e extensão foram confirmadas recentemente pelo mapeamento cartográfico feito por uma expedição no arquipélago de Nova Zembla, na região do Ártico.
As ilhas estavam escondidas sob a geleira Nansen (também conhecida como Vylka) que entrou no processo de degelo nos últimos anos devido ao aquecimento global.
Migunova fez a descoberta durante seus estudos na Academia Marítima do Estado "Almirante Makarov", em São Petersburgo, Rússia.
O aquecimento global fez com que várias geleiras derretessem no Ártico, o que está levando a constantes modificações nos mapas da região.
As ilhas encontradas por Migunova têm entre 900 e 54.500 metros quadrados.
Zona de interesse
Durante a Guerra Fria, o exército soviético testou bombas de hidrogênio naquela região remota, incluindo a chamada "Bomba Tsar", a maior já detonada.
O derretimento do gelo do Ártico está abrindo a navegação na região por períodos mais longos em uma área onde a Rússia tem importantes interesses comerciais e militares.
Migunova recebeu um diploma honorário especial da Sociedade Hidrográfica Russa por sua descoberta.
Atualmente, ela é engenheira oceanográfica naval da frota do norte da Rússia.
A academia diz que está fazendo uso intensivo de fotos de satélite para registrar mudanças nas regiões costeiras, como nos arquipélagos árticos de Nova Zembla e Francisco José Land.
A academia diz que seus especialistas encontraram mais de 30 novas ilhas, cabos e baías nessa área entre 2015-2018.
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