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Para driblar exigência de vacina, churrascaria improvisa 'puxadinho' para Bolsonaro na calçada em NY

"Puxadinho" foi cercado por tapumes; como não está vacinado, Bolsonaro não pode entrar em restaurantes - Mariana Sanches/BBC News Brasil
'Puxadinho' foi cercado por tapumes; como não está vacinado, Bolsonaro não pode entrar em restaurantes Imagem: Mariana Sanches/BBC News Brasil

Mariana Sanches

Da BBC News Brasil, em Washington

20/09/2021 16h29Atualizada em 20/09/2021 21h46

Para driblar a exigência de vacinas em restaurantes de Nova York, a churrascaria brasileira Fogo de Chão armou uma espécie de puxadinho externo, com mesas ao ar livre cercadas por tapumes pretos para o presidente Jair Bolsonaro, que não está oficialmente vacinado.

Junto ao mandatário brasileiro, almoçaram os ministros da Saúde Marcelo Queiroga, do Meio Ambiente, Joaquim Leite, o chanceler Carlos França e o chefe do GSI Augusto Heleno.

Ao fim do almoço houve uma salva de palmas em homenagem ao lutador de jiu jitsu Henzo Gracie, que acompanhou o presidente Bolsonaro por uma caminhada de cerca de 7 quadras até o hotel onde ele está hospedado.

No caminho, o presidente ouviu ao menos um grito de "assassino", de uma brasileira que o reconheceu.

O grupo causou curiosidade, com dezenas de seguranças brasileiros e americanos tentando impedir a aproximação da imprensa. Bolsonaro demonstrou descontração ao lado de Gracie. O filho do presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro, filmou todo o trajeto.

A BBC News Brasil procurou a Fogo de Chão, mas ainda não houve resposta da empresa — o texto da reportagem será atualizado assim que a churrascaria se manifestar.

É a segunda vez que o presidente brasileiro come nas ruas de Nova York. Na noite de domingo (19), ele foi a uma pizzaria sem mesas internas e comeu pedaços de pizza na rua.

O prefeito de Nova York afirmou hoje que "quero mandar um recado para todos os líderes mundiais, especialmente para Bolsonaro: se você não quer ser vacinado, nem se incomode de vir (a Nova York)".

Blasio também elogiou o esforço do presidente da Assembleia Geral da ONU, que tentou promover uma vacinação das delegações, mas a Secretaria Geral da ONU disse que não poderia forçar líderes de Países a se vacinarem ou barrá-los.

Bill de Blasio não foi o único a sugerir que o presidente brasileiro deveria se vacinar. Em reunião bilateral com o presidente brasileiro, o primeiro-ministro Boris Johnson afirmou que as vacinas AstraZeneca-Oxford "são ótimas" e "todos deveriam se vacinar".

Um diplomata da comitiva brasileira em Nova York está com covid-19. A BBC News Brasil confirmou a informação dada primeiro pela CNN. Segundo a apuração, o infectado não estava no voo do presidente e chegou aos EUA depois de ter um resultado negativo de PCR. Ele está isolado do restante da comitiva. Seus colegas também foram testados mas ninguém mais teve um exame positivo.