Fêmeas 'virgens' de lagartos dão à luz na Grã-Bretanha
da BBC, em Londres
Duas fêmeas de dragão-de-komodo residentes em zoológicos da Grã-Bretanha impressionaram a comunidade científica ao dar cria sem a ajuda de um exemplar macho da espécie.
Testes revelaram que os ovos dos dois lagartos se desenvolveram sem serem fertilizados por esperma em um processo conhecido como partenogênese.
As observações dos pesquisadores foram publicadas nesta quinta-feira na revista científica Nature.
Em um dos casos (o de Flora, que vive no zoológico de Chester), os filhotes devem nascer na época do Natal, o que levou os pesquisadores a traçarem um paralelo com a figura bíblica da "concepção imaculada".
"Procuraremos um pastor, homens sábios e uma estrela brilhante no céu do zoológico de Chester", brinca Kevin Buley, um dos co-autores do estudo.
O outro caso é o de Sungai, um dragão-de-komodo fêmea que vive no zoológico de Londres.
No início deste ano, mais de dois anos após seu último contato com um macho da espécie, ela teve quatro filhotes, que permanecem saudáveis e crescem normalmente, de acordo com o mesmo estudo.
Sungai também foi capaz de reproduzir pelo método tradicional e deu cria com a ajuda de um lagarto macho batizado de Raja.
Anormalidade
Outro co-autor do estudo, o cientista Richard Gibson, da Sociedade de Zoologia de Londres, diz que a partenogênese já foi identificada em cerca de 70 espécies de vertebrados, incluindo cobras, peixes, um lagarto e até um peru, mas sempre como um "fenômeno incomum, talvez anormal".
"Agora, vimos dois casos separados e não relacionados em apenas um ano, sugerindo que talvez a partenogênese seja muito mais difundida e comum do que achávamos", afirma o cientista.
Gibson acrescentou que uma das explicações para os nascimentos pode ser o fato de as fêmeas terem sido mantidas em cativeiro por muitos anos sem a presença de machos.
"Mas a habilidade de reproduzir através da partenogênese é obviamente uma capacidade ancestral", avalia.
Para o pesquisador, a capacidade de realizar a partenogênese garante a reprodução da espécie mesmo que uma fêmea viva isolada em uma ilha deserta, por exemplo.
Menos de 4 mil exemplares dos maiores lagartos do planeta, que podem alcançar até três metros de comprimento, vivem em áreas selvagens, nas ilhas indonésias de Komodo, Flores e Rinca.
Pela genética do processo, as crias sempre serão lagartos machos, que por sua vez procriarão com a própria mãe para perpetuar a espécie.
Para preservar a diversidade dos dragões-de-komodo, cientistas têm sugerido que machos e fêmeas vivam juntos em zoológicos.
Testes revelaram que os ovos dos dois lagartos se desenvolveram sem serem fertilizados por esperma em um processo conhecido como partenogênese.
As observações dos pesquisadores foram publicadas nesta quinta-feira na revista científica Nature.
Em um dos casos (o de Flora, que vive no zoológico de Chester), os filhotes devem nascer na época do Natal, o que levou os pesquisadores a traçarem um paralelo com a figura bíblica da "concepção imaculada".
"Procuraremos um pastor, homens sábios e uma estrela brilhante no céu do zoológico de Chester", brinca Kevin Buley, um dos co-autores do estudo.
O outro caso é o de Sungai, um dragão-de-komodo fêmea que vive no zoológico de Londres.
No início deste ano, mais de dois anos após seu último contato com um macho da espécie, ela teve quatro filhotes, que permanecem saudáveis e crescem normalmente, de acordo com o mesmo estudo.
Sungai também foi capaz de reproduzir pelo método tradicional e deu cria com a ajuda de um lagarto macho batizado de Raja.
Anormalidade
Outro co-autor do estudo, o cientista Richard Gibson, da Sociedade de Zoologia de Londres, diz que a partenogênese já foi identificada em cerca de 70 espécies de vertebrados, incluindo cobras, peixes, um lagarto e até um peru, mas sempre como um "fenômeno incomum, talvez anormal".
"Agora, vimos dois casos separados e não relacionados em apenas um ano, sugerindo que talvez a partenogênese seja muito mais difundida e comum do que achávamos", afirma o cientista.
Gibson acrescentou que uma das explicações para os nascimentos pode ser o fato de as fêmeas terem sido mantidas em cativeiro por muitos anos sem a presença de machos.
"Mas a habilidade de reproduzir através da partenogênese é obviamente uma capacidade ancestral", avalia.
Para o pesquisador, a capacidade de realizar a partenogênese garante a reprodução da espécie mesmo que uma fêmea viva isolada em uma ilha deserta, por exemplo.
Menos de 4 mil exemplares dos maiores lagartos do planeta, que podem alcançar até três metros de comprimento, vivem em áreas selvagens, nas ilhas indonésias de Komodo, Flores e Rinca.
Pela genética do processo, as crias sempre serão lagartos machos, que por sua vez procriarão com a própria mãe para perpetuar a espécie.
Para preservar a diversidade dos dragões-de-komodo, cientistas têm sugerido que machos e fêmeas vivam juntos em zoológicos.