Marina concilia desenvolvimento e ecologia, diz Lula
da BBC, em Londres
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, conseguiu reconciliar as aspirações ecológicas com as "urgências do desenvolvimento econômico" do Brasil.
"Deve-se à sua tenacidade mestiça, à generosa angulação de seu olhar amplo e penetrante, e à singular trajetória de sua vida, uma mudança importante no vocabulário ecológico do Estado brasileiro", afirmou Lula, referindo-se à ministra, durante discurso após sancionar a Lei da Mata Atlântica.
O presidente, que em novembro tratou a questão ambiental como um entrave ao desenvolvimento do país, disse que o seu governo acabou com a prática até então supostamente vigente de buscar licenças ambientais quando uma obra já estava pela metade.
Rumores de que o governo estaria inclinado a flexibilizar a legislação ambiental para facilitar a execução de obras de infra-estrutura levaram ambientalistas e representantes da sociedade civil a pedir publicamente a permanência da ministra no cargo e a manutenção da atual política ambiental.
'Injustiças'
Na cerimônia de sexta-feira, Lula dirigiu-se diretamente diversas vezes à ministra e referiu-se a "injustiças" cometidas contra ela.
"A coisa mais fácil do mundo é um irresponsável transferir responsabilidade para outros. E aqui é um governo, aqui não tem ministro de Desenvolvimento, ministro do Meio Ambiente, aqui não, aqui a decisão é de governo."
Segundo o presidente, o problema está na demora na liberação dos projetos. Ele citou um exemplo em que teve de dizer para um "grande empresário" que o projeto de uma hidrelétrica que ele esperava ser aprovado fazia 14 anos não ia sair.
"Pelo que eu ainda tenho brigado no nosso governo? Brigado com Marina, brigado com Silas (Rondeau, de Minas e Energia), brigado com Dilma (Roussef, da Casa Civil), brigado com Marcos Barros, do Ibama, brigado com todo mundo aqui, pelo seguinte: um projeto não pode ficar 14 anos esperando alguém dizer sim ou não."
Na cerimônia desta sexta-feira, Lula definiu-se como "desenvolvimentista" e "ambientalista".
"Eu quero que vocês saibam o seguinte: eu sou desenvolvimentista, eu sou ambientalista, mas antes de tudo eu sou o presidente do país".
Questionada sobre a sua permanência no segundo mandato de Lula, Marina Silva foi evasiva.
"Independentemente das pessoas, o importante é que você possa preservar os avanços já alcançados e colocar quais são os novos desafios a serem também alcançados durante esses quatro anos", afirmou, em resposta a um jornalisra durante entrevista coletiva nesta sexta-feira.
"Deve-se à sua tenacidade mestiça, à generosa angulação de seu olhar amplo e penetrante, e à singular trajetória de sua vida, uma mudança importante no vocabulário ecológico do Estado brasileiro", afirmou Lula, referindo-se à ministra, durante discurso após sancionar a Lei da Mata Atlântica.
O presidente, que em novembro tratou a questão ambiental como um entrave ao desenvolvimento do país, disse que o seu governo acabou com a prática até então supostamente vigente de buscar licenças ambientais quando uma obra já estava pela metade.
Rumores de que o governo estaria inclinado a flexibilizar a legislação ambiental para facilitar a execução de obras de infra-estrutura levaram ambientalistas e representantes da sociedade civil a pedir publicamente a permanência da ministra no cargo e a manutenção da atual política ambiental.
'Injustiças'
Na cerimônia de sexta-feira, Lula dirigiu-se diretamente diversas vezes à ministra e referiu-se a "injustiças" cometidas contra ela.
"A coisa mais fácil do mundo é um irresponsável transferir responsabilidade para outros. E aqui é um governo, aqui não tem ministro de Desenvolvimento, ministro do Meio Ambiente, aqui não, aqui a decisão é de governo."
Segundo o presidente, o problema está na demora na liberação dos projetos. Ele citou um exemplo em que teve de dizer para um "grande empresário" que o projeto de uma hidrelétrica que ele esperava ser aprovado fazia 14 anos não ia sair.
"Pelo que eu ainda tenho brigado no nosso governo? Brigado com Marina, brigado com Silas (Rondeau, de Minas e Energia), brigado com Dilma (Roussef, da Casa Civil), brigado com Marcos Barros, do Ibama, brigado com todo mundo aqui, pelo seguinte: um projeto não pode ficar 14 anos esperando alguém dizer sim ou não."
Na cerimônia desta sexta-feira, Lula definiu-se como "desenvolvimentista" e "ambientalista".
"Eu quero que vocês saibam o seguinte: eu sou desenvolvimentista, eu sou ambientalista, mas antes de tudo eu sou o presidente do país".
Questionada sobre a sua permanência no segundo mandato de Lula, Marina Silva foi evasiva.
"Independentemente das pessoas, o importante é que você possa preservar os avanços já alcançados e colocar quais são os novos desafios a serem também alcançados durante esses quatro anos", afirmou, em resposta a um jornalisra durante entrevista coletiva nesta sexta-feira.