Em carta póstuma, Pinochet diz que golpe foi necessário
da BBC, em Londres
O ex-presidente do Chile Augusto Pinochet, que morreu neste mês, escreveu uma carta póstuma a seus compatriotas em que disse que o golpe de Estado que liderou em 1973 foi necessário para evitar uma guerra civil e uma ditadura marxista no Chile.
Na carta de cinco páginas, divulgada neste domingo nos jornais chilenos, Pinochet disse que seu destino representou um “banimento e uma solidão” que ele não imaginava e que gostaria de ter tido “uma sabedoria maior” durante seus 17 anos no poder.
“Com toda sinceridade, declaro que estou orgulhoso do grande esforço que foi feito para impedir que o Marxismo-Leninismo assumisse o poder total”, diz a carta.
O ex-presidente também disse que as violações dos direitos humanos durante seu período no poder foram inevitáveis devido ao que ele chamou de “características” de seus rivais.
“Conflitos sérios são e sempre serão (…) fonte de abusos e exageros”, disse.
Rigor
O general disse que não havia um “plano institucional” para desrespeitar direitos humanos durante o seu governo, “mas era necessário agir com o máximo de rigor para evitar uma ampliação do conflito.”
Acredita-se que cerca de três mil mortes e desaparecimentos tenham ocorrido durante o governo de Pinochet, entre 1973 e 1991.
Antes de sua morte, em dez de dezembro, o general estava enfrentando processos por crimes na área de direitos humanos e também por suposta evasão fiscal.
Em vida, Pinochet assumiu responsabilidade por ações cometidas durante seu período no poder, mas nunca pediu desculpas por crimes ou pelo sofrimento do povo chileno no período.
Na carta de cinco páginas, divulgada neste domingo nos jornais chilenos, Pinochet disse que seu destino representou um “banimento e uma solidão” que ele não imaginava e que gostaria de ter tido “uma sabedoria maior” durante seus 17 anos no poder.
“Com toda sinceridade, declaro que estou orgulhoso do grande esforço que foi feito para impedir que o Marxismo-Leninismo assumisse o poder total”, diz a carta.
O ex-presidente também disse que as violações dos direitos humanos durante seu período no poder foram inevitáveis devido ao que ele chamou de “características” de seus rivais.
“Conflitos sérios são e sempre serão (…) fonte de abusos e exageros”, disse.
Rigor
O general disse que não havia um “plano institucional” para desrespeitar direitos humanos durante o seu governo, “mas era necessário agir com o máximo de rigor para evitar uma ampliação do conflito.”
Acredita-se que cerca de três mil mortes e desaparecimentos tenham ocorrido durante o governo de Pinochet, entre 1973 e 1991.
Antes de sua morte, em dez de dezembro, o general estava enfrentando processos por crimes na área de direitos humanos e também por suposta evasão fiscal.
Em vida, Pinochet assumiu responsabilidade por ações cometidas durante seu período no poder, mas nunca pediu desculpas por crimes ou pelo sofrimento do povo chileno no período.