Comércio de Belém sofre com baixo número de turistas
da BBC, em Londres
Este foi mais um Natal decepcionante para os comerciantes da cidade de Belém, onde, segundo a tradição cristã, nasceu Jesus.
A cidade vive do turismo, mas, com as constantes notícias de violência no Oriente Médio e a barreira que Israel está erguendo em torno da cidade, cada vez menos visitantes – e compradores – vêm comemorar o feriado aqui.
“Não estamos vendendo quase nada. Este é um Natal triste para quem trabalha aqui”, disse Adnan Sorrer, dono de uma loja de artigos de artesanato – principalmente peças esculpidas em troncos de oliveiras – em frente à Igreja da Natividade.
Neste 25 de dezembro, a maioria dos visitantes circulando por Belém era formada por cristãos palestinos, embora fosse também comum ver turistas vindos de outras partes do mundo.
Moradores dizem que os problemas econômicos e políticos já estão fazendo muita gente – principalmente cristãos, mas também diversos muçulmanos – deixar a cidade e tentar a vida em outros países.
Trabalho
A funcionária da Associação de Mulheres Árabes de Belém, Helen Loussie, diz que, além da falta de turistas, há um outro fator provocando desemprego na cidade: as limitações de viagem para os palestinos.
Muitos que costumavam vivem em Belém e trabalhar em Israel perderam nos últimos anos o direito de atravessar os bloqueios do Exército israelense.
“Os operários não podem mais trabalhar. e os comerciantes não têm para quem vender. Estamos em uma situação econômica muito frágil”, explica.
Loussie observa a situação é ainda mais grave porque muitos funcionários públicos palestinos estão sem receber seus salários desde que Israel e a comunidade internacional bloquearam o envio de recursos, por conta da vitória do Hamas nas eleições.
Jerusalém
Peter Giacamo, de 17 anos, trabalha na loja de artesanato que foi fundada por seu avô, bem na Praça da Manjedoura.
Ele diz que uma das coisas que mais o incomoda é não poder visitar Jerusalém.
“Estamos bem do lado de Jerusalém e eu mal conheco a cidade, porque os israelenses não me deixam atravessar”, reclama.
Ele diz que este Natal foi bem fraco, mas ele observa que não lembra bem quando foi a última celebração de Natal em que a cidade ficou lotada.
“Sou muito jovem. Desde que comecei a trabalhar aqui, as coisas já estavam mais ou menos assim”, diz.
Comerciantes mais antigos dizem que, até o ano 2000, a festa de Natal ainda atraáa um número bem maior de turistas.
Mas, naquele ano, começou a Intifada (revolta) palestina e, a partir daí, a deterioração da situação política na região começou a afastar cada vez mais turistas.
A cidade vive do turismo, mas, com as constantes notícias de violência no Oriente Médio e a barreira que Israel está erguendo em torno da cidade, cada vez menos visitantes – e compradores – vêm comemorar o feriado aqui.
“Não estamos vendendo quase nada. Este é um Natal triste para quem trabalha aqui”, disse Adnan Sorrer, dono de uma loja de artigos de artesanato – principalmente peças esculpidas em troncos de oliveiras – em frente à Igreja da Natividade.
Neste 25 de dezembro, a maioria dos visitantes circulando por Belém era formada por cristãos palestinos, embora fosse também comum ver turistas vindos de outras partes do mundo.
Moradores dizem que os problemas econômicos e políticos já estão fazendo muita gente – principalmente cristãos, mas também diversos muçulmanos – deixar a cidade e tentar a vida em outros países.
Trabalho
A funcionária da Associação de Mulheres Árabes de Belém, Helen Loussie, diz que, além da falta de turistas, há um outro fator provocando desemprego na cidade: as limitações de viagem para os palestinos.
Muitos que costumavam vivem em Belém e trabalhar em Israel perderam nos últimos anos o direito de atravessar os bloqueios do Exército israelense.
“Os operários não podem mais trabalhar. e os comerciantes não têm para quem vender. Estamos em uma situação econômica muito frágil”, explica.
Loussie observa a situação é ainda mais grave porque muitos funcionários públicos palestinos estão sem receber seus salários desde que Israel e a comunidade internacional bloquearam o envio de recursos, por conta da vitória do Hamas nas eleições.
Jerusalém
Peter Giacamo, de 17 anos, trabalha na loja de artesanato que foi fundada por seu avô, bem na Praça da Manjedoura.
Ele diz que uma das coisas que mais o incomoda é não poder visitar Jerusalém.
“Estamos bem do lado de Jerusalém e eu mal conheco a cidade, porque os israelenses não me deixam atravessar”, reclama.
Ele diz que este Natal foi bem fraco, mas ele observa que não lembra bem quando foi a última celebração de Natal em que a cidade ficou lotada.
“Sou muito jovem. Desde que comecei a trabalhar aqui, as coisas já estavam mais ou menos assim”, diz.
Comerciantes mais antigos dizem que, até o ano 2000, a festa de Natal ainda atraáa um número bem maior de turistas.
Mas, naquele ano, começou a Intifada (revolta) palestina e, a partir daí, a deterioração da situação política na região começou a afastar cada vez mais turistas.