Entenda a crise na Somália
da BBC, em Londres
A guerra na Somália se intensificou com o envolvimento de forças militares etíopes no conflito entre o governo interino somali e a milícia islâmica que controla boa parte do país.
Forças etíopes bombardearam posições da União das Cortes Islâmicas (UCI) na capital, Mogadíscio, na segunda-feira, e há temores de que os combates se intensifiquem e piorem ainda mais a precária situação dos milhares de refugiados deixados pelo conflito.
Entenda melhor o conflito na Somália e os interesses em jogo.
Quem, afinal, governa a Somália?
É um governo interino - liderado pelo presidente Abdullahi Yusuf e reconhecido pela comunidade internacional - tido como fraco e cada vez mais impotente para lidar com as milícias das União das Cortes Islâmicas (UCI).
O ministro da Defesa teve que fugir com suas tropas quando as UCI avançaram sobre o porto de Kismayo, até então controlado pelo governo.
O governo, cuja sede fica em Baidoa, pediu ajuda internacional. O Conselho de Segurança da ONU aprovou planos de enviar uma força de paz africana para apoiar o governo.
O apoio mais consistente ao governo vem da Etiópia, que iniciou uma incursão militar direta na Somália contra alvos da milícia islâmica.
O que é a União das Cortes Islâmicas?
Trata-se de uma rede formada por 11 tribunais islâmicos criados na capital somali, Mogadíscio, financiados por comerciantes e empresários preocupados com a crescente anarquia na cidade.
O objetivo da UCI é restaurar e impor a Sharia, lei islâmica, e por fim à impunidade e a criminalidade na região. Moradores locais disseram que a atividade criminosa foi reduzida na cidade graças às milícias.
Mas há temores de que o objetivo real das milícias seria o de transformar a Somália num Estado islâmico.
Os Estados Unidos temem que a UCI esteja dando refúgio a militantes da Al-Qaeda, e acredita-se que Washington esteja apoiando a aliança de líderes tribais formada em Mogadíscio para combater a milícia.
Quem apóia a União das Cortes Islâmicas ?
A milícia tem ficado cada vez mais popular entre os residentes da capital somali, mas não se sabe ao certo de onde vêm as armas e o financiamento de sua campanha militar.
Um relatório da ONU disse que as Cortes estavam sendo providas de armas pela Eritréia, e que o governo interino somali estava sendo armado pela Etiópia.
Houve quem dissesse que a UCI estaria sendo financiada pela Arábia Saudita.
Quais são as supostas ligações com a Al-Qaeda?
A UCI nega qualquer ligação com a Al-Qaeda. Mas diplomatas acreditam que pequenos grupos de militantes, entre eles estrangeiros, estariam operando no país.
Houve pelo menos quatro ataques contra alvos dos Estados Unidos ou Israel em países do leste africano, todos eles ligados à Somália.
Qual é o papel da Etiópia no conflito?
A Etiópia está preocupada com o avanço da milícia islâmica na Somália, que considera uma ameaça, e, por isso, resolveu intervir com uma ação militar no país vizinho.
O Exército etíope enviou tanques e artilharia pesada ao país, e jatos da força aérea etíope iniciaram bombardeios contra alvos da milícia islâmica.
O exército da Etiópia é um dos maiores e mais bem-equipados da África, com mais de cem mil soldados treinados.
Mas apesar de o primeiro-ministro etíope, Meles Zeawi, querer uma guerra "rápida e vitoriosa", a tarefa não vai ser fácil.
Vários grupos rebeldes prometeram que irão resistir ao avanço etíope.
Além disso, o exército da Etiópia se vê obrigado a manter uma forte presença em duas frentes. Uma na Somália e outra na fronteira com a Eritréia, ao norte, contra quem a Etiópia foi à guerra por uma disputa territorial.
A Eritréia está mobilizada e fortemente armada.
Forças etíopes bombardearam posições da União das Cortes Islâmicas (UCI) na capital, Mogadíscio, na segunda-feira, e há temores de que os combates se intensifiquem e piorem ainda mais a precária situação dos milhares de refugiados deixados pelo conflito.
Entenda melhor o conflito na Somália e os interesses em jogo.
Quem, afinal, governa a Somália?
É um governo interino - liderado pelo presidente Abdullahi Yusuf e reconhecido pela comunidade internacional - tido como fraco e cada vez mais impotente para lidar com as milícias das União das Cortes Islâmicas (UCI).
O ministro da Defesa teve que fugir com suas tropas quando as UCI avançaram sobre o porto de Kismayo, até então controlado pelo governo.
O governo, cuja sede fica em Baidoa, pediu ajuda internacional. O Conselho de Segurança da ONU aprovou planos de enviar uma força de paz africana para apoiar o governo.
O apoio mais consistente ao governo vem da Etiópia, que iniciou uma incursão militar direta na Somália contra alvos da milícia islâmica.
O que é a União das Cortes Islâmicas?
Trata-se de uma rede formada por 11 tribunais islâmicos criados na capital somali, Mogadíscio, financiados por comerciantes e empresários preocupados com a crescente anarquia na cidade.
O objetivo da UCI é restaurar e impor a Sharia, lei islâmica, e por fim à impunidade e a criminalidade na região. Moradores locais disseram que a atividade criminosa foi reduzida na cidade graças às milícias.
Mas há temores de que o objetivo real das milícias seria o de transformar a Somália num Estado islâmico.
Os Estados Unidos temem que a UCI esteja dando refúgio a militantes da Al-Qaeda, e acredita-se que Washington esteja apoiando a aliança de líderes tribais formada em Mogadíscio para combater a milícia.
Quem apóia a União das Cortes Islâmicas ?
A milícia tem ficado cada vez mais popular entre os residentes da capital somali, mas não se sabe ao certo de onde vêm as armas e o financiamento de sua campanha militar.
Um relatório da ONU disse que as Cortes estavam sendo providas de armas pela Eritréia, e que o governo interino somali estava sendo armado pela Etiópia.
Houve quem dissesse que a UCI estaria sendo financiada pela Arábia Saudita.
Quais são as supostas ligações com a Al-Qaeda?
A UCI nega qualquer ligação com a Al-Qaeda. Mas diplomatas acreditam que pequenos grupos de militantes, entre eles estrangeiros, estariam operando no país.
Houve pelo menos quatro ataques contra alvos dos Estados Unidos ou Israel em países do leste africano, todos eles ligados à Somália.
Qual é o papel da Etiópia no conflito?
A Etiópia está preocupada com o avanço da milícia islâmica na Somália, que considera uma ameaça, e, por isso, resolveu intervir com uma ação militar no país vizinho.
O Exército etíope enviou tanques e artilharia pesada ao país, e jatos da força aérea etíope iniciaram bombardeios contra alvos da milícia islâmica.
O exército da Etiópia é um dos maiores e mais bem-equipados da África, com mais de cem mil soldados treinados.
Mas apesar de o primeiro-ministro etíope, Meles Zeawi, querer uma guerra "rápida e vitoriosa", a tarefa não vai ser fácil.
Vários grupos rebeldes prometeram que irão resistir ao avanço etíope.
Além disso, o exército da Etiópia se vê obrigado a manter uma forte presença em duas frentes. Uma na Somália e outra na fronteira com a Eritréia, ao norte, contra quem a Etiópia foi à guerra por uma disputa territorial.
A Eritréia está mobilizada e fortemente armada.