Abbas 'vai dar 2 semanas' para negociação por governo de unidade
da BBC, em Londres
Depois de muitos confrontos entre partidários do Fatah e do Hamas, as ruas palestinas estão relativamente tranqüilas mas ninguém sabe quanto tempo a calmaria vai durar.
O presidente Mahmoud Abbas vai começar a convocar uma rodada de conversas – incluindo o Hammas e o Fatah mas também outros grupos políticos menores – para buscar uma solução negociada para a disputa de poder que vem elevando a tensão nos territórios palestinos.
Mas o vice-ministro de Relações Exteriores da Autoridade Palestina, Ahmed Sobeh, que é do Fatah, disse à BBC Brasil que Abbas vai dar “um tempo curto” para que os partidos consigam formar um governo de unidade nacional.
“As negociações devem durar cerca de duas semanas. Se não chegarmos a um acordo, o presidente insiste na necessidade de convocar novas eleições, democráticas, para a presidência e para o Parlamento.”
As conversas devem começar depois do fim do feriado do “Festival do Sacrifício” (Eid al-Adha, o festival muçulmano em que animais são sacrificados para lembrar a disposição do profeta Abraão em sacrificar um filho para Deus) que começa neste sábado e vai até a próxima segunda.
Confrontos
A sugestão de Mahmoud Abbas de que fossem realizadas eleições antecipadas foi o estopim da violência que tomou a Faixa de Gaza – e também atingiu a Cisjordânia – até ser contida por uma trégua acertada entre Hamas e Fatah.
O Hamas ganhou o controle do Parlamento em eleições realizadas em janeiro deste ano e vê o plano de convocar eleições como uma manobra do Fatah para retomar seu controle histórico sobre a política palestina.
Os islâmicos já ameçaram boicotar as eleições e analistas dizem que isso tiraria todo significado do pleito, já que não há nenhum outro adversário de peso para enfrentar o Fatah.
Mas Sobeh diz que “ter certeza” de que se eleições acontecerem todos os partidos vão entrar na disputa.
“O Hamas sabe que tem votos e que também pode sair ganhando com estas eleições. Se não chegarmos a um acordo é melhor ir às urnas do que correr o risco de guerra civil”, diz.
Diferenças
Sobeh diz que os dois lados têm que encontrar pontos comuns de trabalho porque agora “há um programa de governo do Hamas (do primeiro ministro Ismail Hanyia) e outro diferente do Fatah (do presidente Abbas)”.
Mas além das diferenças quanto a planos de governo há também uma disputa de poder em curso além de profundos desacordos em relação a que atitude tomar em relação a Israel.
O Fatah adota uma postura de reconhecimento do Estado de Israel e de mais disposição para concessões nas negociações e conversas com Israel e com a comunidade internacional.
Já o Hamas adota uma postura mais rígida: ele se recusa a reconhecer Israel e afirma que todo o território do país é uma área muçulmana e palestina sob ocupação.
Os líderes do grupo islâmico já ofereceram aos israelenses uma trégua de longo prazo (10 anos) para a busca de uma solução mas se recusam a endossar explicitamente a idéia de criar dois Estados – um árabe e um judeu – vivendo pacificamente lado a lado.
O presidente Mahmoud Abbas vai começar a convocar uma rodada de conversas – incluindo o Hammas e o Fatah mas também outros grupos políticos menores – para buscar uma solução negociada para a disputa de poder que vem elevando a tensão nos territórios palestinos.
Mas o vice-ministro de Relações Exteriores da Autoridade Palestina, Ahmed Sobeh, que é do Fatah, disse à BBC Brasil que Abbas vai dar “um tempo curto” para que os partidos consigam formar um governo de unidade nacional.
“As negociações devem durar cerca de duas semanas. Se não chegarmos a um acordo, o presidente insiste na necessidade de convocar novas eleições, democráticas, para a presidência e para o Parlamento.”
As conversas devem começar depois do fim do feriado do “Festival do Sacrifício” (Eid al-Adha, o festival muçulmano em que animais são sacrificados para lembrar a disposição do profeta Abraão em sacrificar um filho para Deus) que começa neste sábado e vai até a próxima segunda.
Confrontos
A sugestão de Mahmoud Abbas de que fossem realizadas eleições antecipadas foi o estopim da violência que tomou a Faixa de Gaza – e também atingiu a Cisjordânia – até ser contida por uma trégua acertada entre Hamas e Fatah.
O Hamas ganhou o controle do Parlamento em eleições realizadas em janeiro deste ano e vê o plano de convocar eleições como uma manobra do Fatah para retomar seu controle histórico sobre a política palestina.
Os islâmicos já ameçaram boicotar as eleições e analistas dizem que isso tiraria todo significado do pleito, já que não há nenhum outro adversário de peso para enfrentar o Fatah.
Mas Sobeh diz que “ter certeza” de que se eleições acontecerem todos os partidos vão entrar na disputa.
“O Hamas sabe que tem votos e que também pode sair ganhando com estas eleições. Se não chegarmos a um acordo é melhor ir às urnas do que correr o risco de guerra civil”, diz.
Diferenças
Sobeh diz que os dois lados têm que encontrar pontos comuns de trabalho porque agora “há um programa de governo do Hamas (do primeiro ministro Ismail Hanyia) e outro diferente do Fatah (do presidente Abbas)”.
Mas além das diferenças quanto a planos de governo há também uma disputa de poder em curso além de profundos desacordos em relação a que atitude tomar em relação a Israel.
O Fatah adota uma postura de reconhecimento do Estado de Israel e de mais disposição para concessões nas negociações e conversas com Israel e com a comunidade internacional.
Já o Hamas adota uma postura mais rígida: ele se recusa a reconhecer Israel e afirma que todo o território do país é uma área muçulmana e palestina sob ocupação.
Os líderes do grupo islâmico já ofereceram aos israelenses uma trégua de longo prazo (10 anos) para a busca de uma solução mas se recusam a endossar explicitamente a idéia de criar dois Estados – um árabe e um judeu – vivendo pacificamente lado a lado.