Taxa de homicídios no Iraque é o dobro da do Brasil
da BBC, em Londres
As 12.320 mortes de civis no Iraque no ano passado, segundo o dado oficial divulgado nesta terça-feira, configura uma taxa de homicídios que equivale, a grosso modo, ao dobro da taxa verificada no Brasil segundo o último dado disponível, em 2000.
Considerando-se a proporção de assassinatos em relação à população total do país, o Iraque teve 53,5 assassinatos por cem mil habitantes no ano passado.
No Brasil, segundo os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o índice de homicídios foi de 27 por cem mil habitantes em 2000.
Os dados iraquianos, porém, são contestados e acredita-se que podem estar subestimados, já que há dificuldades na coleta de dados e nem sempre são contabilizadas as mortes de feridos em ataques ocorridas posteriormente no hospital.
Apesar de precária, porém, a comparação dá uma idéia da dimensão da violência no Iraque, que vem aumentando nos últimos meses com a intensificação das disputas sectárias entre a minoria sunita e a maioria xiita.
Variações
As estimativas para as mortes no Iraque também variam muito de acordo com a fonte. Os dados divulgados nesta terça-feira são os considerados oficiais pelo Ministério do Interior do país.
Segundo esses dados, em dezembro foram mortos 1.930 civis no conflito, um recorde desde a invasão do país comandada pelos Estados Unidos, em abril de 2003.
Uma estimativa feita pela ONU, porém, contabilizou 3,7 mil mortos em outubro, quase o dobro do número considerado recorde em dezembro. Mas esses dados das Nações Unidas são contestados pelo Ministério do Interior.
Outro estudo sobre o total de mortos no Iraque, publicado no ano passado na revista científica Lancet, provocou polêmica ao estimar em 655 mil as mortes em conseqüência do conflito, de abril de 2003 até julho do ano passado.
Em termos comparativos, o número divulgado pela Lancet supera os 598.367 mortos por homicídio no Brasil ao longo de 20 anos, entre 1981 e 2000, segundo os dados do IBGE.
Para o governo iraquiano, o total de mortes em decorrência do conflito se situa entre 100 mil e 150 mil pessoas.
Outra contabilização de dados, feita pela organização não-governamental Iraq Body Count, com base nos casos de homicídios documentados pela imprensa, estima o número de mortes entre 52.473 e 58.056.
Considerando-se a proporção de assassinatos em relação à população total do país, o Iraque teve 53,5 assassinatos por cem mil habitantes no ano passado.
No Brasil, segundo os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o índice de homicídios foi de 27 por cem mil habitantes em 2000.
Os dados iraquianos, porém, são contestados e acredita-se que podem estar subestimados, já que há dificuldades na coleta de dados e nem sempre são contabilizadas as mortes de feridos em ataques ocorridas posteriormente no hospital.
Apesar de precária, porém, a comparação dá uma idéia da dimensão da violência no Iraque, que vem aumentando nos últimos meses com a intensificação das disputas sectárias entre a minoria sunita e a maioria xiita.
Variações
As estimativas para as mortes no Iraque também variam muito de acordo com a fonte. Os dados divulgados nesta terça-feira são os considerados oficiais pelo Ministério do Interior do país.
Segundo esses dados, em dezembro foram mortos 1.930 civis no conflito, um recorde desde a invasão do país comandada pelos Estados Unidos, em abril de 2003.
Uma estimativa feita pela ONU, porém, contabilizou 3,7 mil mortos em outubro, quase o dobro do número considerado recorde em dezembro. Mas esses dados das Nações Unidas são contestados pelo Ministério do Interior.
Outro estudo sobre o total de mortos no Iraque, publicado no ano passado na revista científica Lancet, provocou polêmica ao estimar em 655 mil as mortes em conseqüência do conflito, de abril de 2003 até julho do ano passado.
Em termos comparativos, o número divulgado pela Lancet supera os 598.367 mortos por homicídio no Brasil ao longo de 20 anos, entre 1981 e 2000, segundo os dados do IBGE.
Para o governo iraquiano, o total de mortes em decorrência do conflito se situa entre 100 mil e 150 mil pessoas.
Outra contabilização de dados, feita pela organização não-governamental Iraq Body Count, com base nos casos de homicídios documentados pela imprensa, estima o número de mortes entre 52.473 e 58.056.