Exército ajudou a combater violência na periferia de Bogotá
da BBC, em Londres
Em contraste com outras cidades da América Latina, as autoridades de Bogotá, capital da Colômbia, conseguiram reduzir substancialmente a violência e a insegurança de mais de uma década graças a uma receita que combina diversos ingredientes, incluindo o uso do Exército nas periferias.
Além do emprego de tropas na segurança urbana, a experiência colombiana é fruto de um esforço contínuo de vários prefeitos para aumentar o número de policiais e câmeras de vigilância nas ruas, vinculação da cidadania a programas de segurança e maiores investimentos sociais.
Essa estratégia, combinada com programas de desarmamento de civis, conseguiu reduzir a taxa de homicídios de 85 para 18 para cada cem mil habitantes.
O especialista em segurança urbana, Rubén Darío Ramírez, disse à BBC que a taxa de homicídios continua caindo, e que nos próximos dias as autoridades de Bogotá devem revelar novos índices.
Exército
Ramírez enfatiza que a participação do Exército tem sido fundamental no controle das zonas de periferia vizinhas às áreas rurais, onde operam grupos armados, como guerrilhas e paramilitares.
“Em 2007, a prefeitura de Bogotá vai repassar cinco milhões de pesos (cerca de R$ 4 milhões) ao Exército para essas tarefas”, afirma.
Para Alfredo Rangel, especialista em segurança e diretor da Fundación Seguridad y Democracia, a participação do Exército no controle da segurança urbana deve ser marginal e submetida ao comando da polícia.
“A segurança urbana é um trabalho especificamente policial. A polícia deve contar com força suficiente e com um sistema de inteligência eficaz. O Exército só deve atuar em casos extremamente críticos, quando a situação foge do controle”, afirmou Rangel à BBC.
A situação era muito diferente em meados dos anos 90, quando Bogotá sofreu com as batalhas do narcoterrorismo, que incluíam explosões de bombas em locais públicos, ações de assassinos profissionais e crescimento no número de homicídios.
Ramírez disse que além das frentes de segurança montadas nos bairros e dos pactos de convivência promovidos junto a autoridades locais e líderes comunitários, nos últimos três anos a cidade aumentou em dois mil o número do efetivo de policiais nas ruas.
A contratação de novos policiais é financiada pelo governo federal. Na Colômbia, a polícia é uma força nacional, comandada por um dirigente indicado pelo presidente da República.
Taxistas e segurança
Ramírez também destaca os progressos alcançados com a ajuda de 48 mil taxistas que usam comunicação por rádio para denunciar atos suspeitos a uma central da polícia.
De acordo com o especialista, estudos também revelaram geograficamente onde se concentram os delitos e a freqüência da ação dos crimininosos ao longo da cidade.
“Isso permite que as autoridades enfoquem seus esforços onde é mais necessário”, afirma.
A prefeitura de Bogotá criou um sistema unificado de informação de violência e delinqüência, que facilita na tomada de decisão sobre como combater o crime.
Rangel, da Fundación Seguridad y Democracia, também destaca a importância da cidadania vinculada às tarefas de segurança.
“Se não há cooperação ativa, nem compromisso dos cidadãos para a guarda da própria segurança, o crime organizado tem campo aberto para ações delinquentes”, diz Rangel.
Segundo ele, é necessário investimento social por parte do Estado.
“Isso permite o melhor aproveitamento do tempo livre dos jovens, principalmente em bairros marginais das cidades.”
Além do emprego de tropas na segurança urbana, a experiência colombiana é fruto de um esforço contínuo de vários prefeitos para aumentar o número de policiais e câmeras de vigilância nas ruas, vinculação da cidadania a programas de segurança e maiores investimentos sociais.
Essa estratégia, combinada com programas de desarmamento de civis, conseguiu reduzir a taxa de homicídios de 85 para 18 para cada cem mil habitantes.
O especialista em segurança urbana, Rubén Darío Ramírez, disse à BBC que a taxa de homicídios continua caindo, e que nos próximos dias as autoridades de Bogotá devem revelar novos índices.
Exército
Ramírez enfatiza que a participação do Exército tem sido fundamental no controle das zonas de periferia vizinhas às áreas rurais, onde operam grupos armados, como guerrilhas e paramilitares.
“Em 2007, a prefeitura de Bogotá vai repassar cinco milhões de pesos (cerca de R$ 4 milhões) ao Exército para essas tarefas”, afirma.
Para Alfredo Rangel, especialista em segurança e diretor da Fundación Seguridad y Democracia, a participação do Exército no controle da segurança urbana deve ser marginal e submetida ao comando da polícia.
“A segurança urbana é um trabalho especificamente policial. A polícia deve contar com força suficiente e com um sistema de inteligência eficaz. O Exército só deve atuar em casos extremamente críticos, quando a situação foge do controle”, afirmou Rangel à BBC.
A situação era muito diferente em meados dos anos 90, quando Bogotá sofreu com as batalhas do narcoterrorismo, que incluíam explosões de bombas em locais públicos, ações de assassinos profissionais e crescimento no número de homicídios.
Ramírez disse que além das frentes de segurança montadas nos bairros e dos pactos de convivência promovidos junto a autoridades locais e líderes comunitários, nos últimos três anos a cidade aumentou em dois mil o número do efetivo de policiais nas ruas.
A contratação de novos policiais é financiada pelo governo federal. Na Colômbia, a polícia é uma força nacional, comandada por um dirigente indicado pelo presidente da República.
Taxistas e segurança
Ramírez também destaca os progressos alcançados com a ajuda de 48 mil taxistas que usam comunicação por rádio para denunciar atos suspeitos a uma central da polícia.
De acordo com o especialista, estudos também revelaram geograficamente onde se concentram os delitos e a freqüência da ação dos crimininosos ao longo da cidade.
“Isso permite que as autoridades enfoquem seus esforços onde é mais necessário”, afirma.
A prefeitura de Bogotá criou um sistema unificado de informação de violência e delinqüência, que facilita na tomada de decisão sobre como combater o crime.
Rangel, da Fundación Seguridad y Democracia, também destaca a importância da cidadania vinculada às tarefas de segurança.
“Se não há cooperação ativa, nem compromisso dos cidadãos para a guarda da própria segurança, o crime organizado tem campo aberto para ações delinquentes”, diz Rangel.
Segundo ele, é necessário investimento social por parte do Estado.
“Isso permite o melhor aproveitamento do tempo livre dos jovens, principalmente em bairros marginais das cidades.”