Pobres da Noruega ganham mais que ricos em 57 países
da BBC, em Londres
Um cruzamento de dados divulgado pelo escritório brasileiro do Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (PNUD) mostra que os 10% da população de renda mais baixa na Noruega ganham mais do que os 10% mais ricos de 57 países, entre eles Ucrânia, Egito, Índia e Paquistão.
Os dados divulgados pelo PNUD mostram ainda que os 10% da população mais rica do Brasil, apesar de ter renda média 57 vezes maior do que os 10% mais pobres do próprio país, ganham apenas 2,5 vezes mais do que os 10% mais pobres da Noruega.
As conclusões são baseadas em dados contidos no Relatório de Desenvolvimento Humano, divulgado anualmente pelo PNUD, e que classifica os países de acordo com diversos indicadores socioeconômicos, como educação, renda e expectativa de vida.
A Noruega ocupa o 1º lugar no índice de desenvolvimento humano do PNUD divulgado em 2006, enquanto o Brasil ocupa apenas o 69º lugar.
Diferenças
A pesquisa mostra que os 10% mais ricos do Brasil ganham em média US$ 37.534 ao ano, enquanto os 10% mais pobres da Noruega têm uma renda média anual de US$ 14.964. Os 10% mais pobres do Brasil têm renda média anual de US$ 656.
A diferença entre os 10% mais ricos e os 10% mais pobres na Noruega é de apenas seis vezes.
As comparações dos valores foram feitas levando em consideração a paridade do poder de compra, que elimina distorções causadas pela diferença no custo de vida dos diversos países.
O cruzamento de dados do PNUD mostra que em sete países a renda anual dos 10% mais pobres ultrapassa os US$ 10 mil anuais – além de Noruega, Japão, Finlândia, Irlanda, Suécia, Áustria e Bélgica.
No outro extremo, em 42 países a renda média dos 10% mais ricos não ultrapassa os mesmos US$ 10 mil – isso ocorre, por exemplo, na Índia, no Paquistão, em Bangladesh e no Vietnã.
Segundo o relatório, a Bolívia é o país com a maior desigualdade entre os 10% mais ricos e os 10% mais pobres – US$ 12.849 por ano contra US$ 82, uma diferença de 157 vezes.
O segundo mais desigual é a Namíbia, onde a diferença é de 129 vezes – US$ 48.052 anuais para os 10% mais ricos contra US$ 372 para os 10% mais pobres.
O país menos desigual, segundo o PNUD, é o Azerbaijão, onde os 10% mais pobres recebem US$ 2.218 ao ano, cerca de um terço da renda dos 10% mais ricos (US$ 7.393 anuais).
O segundo país menos desigual é o Japão, com uma renda anual de US$ 63.408 para os 10% mais ricos contra US$ 14.026 para os 10% mais pobres – uma diferença de 4,5 vezes.
Os relatório mostra ainda que os países com as maiores rendas médias anuais entre os 10% mais ricos da população são Estados Unidos (US$ 117.931), Hong Kong (US$ 105.747), Irlanda (US$ 104.820) e Cingapura (US$ 90.848).
Entre os países com as menores rendas entre os mais pobres estão Serra Leoa (US$ 28 anuais), Níger (US$ 62), República Centro-Africana (US$ 77) e Bolívia (US$ 82).
Os dados divulgados pelo PNUD mostram ainda que os 10% da população mais rica do Brasil, apesar de ter renda média 57 vezes maior do que os 10% mais pobres do próprio país, ganham apenas 2,5 vezes mais do que os 10% mais pobres da Noruega.
As conclusões são baseadas em dados contidos no Relatório de Desenvolvimento Humano, divulgado anualmente pelo PNUD, e que classifica os países de acordo com diversos indicadores socioeconômicos, como educação, renda e expectativa de vida.
A Noruega ocupa o 1º lugar no índice de desenvolvimento humano do PNUD divulgado em 2006, enquanto o Brasil ocupa apenas o 69º lugar.
Diferenças
A pesquisa mostra que os 10% mais ricos do Brasil ganham em média US$ 37.534 ao ano, enquanto os 10% mais pobres da Noruega têm uma renda média anual de US$ 14.964. Os 10% mais pobres do Brasil têm renda média anual de US$ 656.
A diferença entre os 10% mais ricos e os 10% mais pobres na Noruega é de apenas seis vezes.
As comparações dos valores foram feitas levando em consideração a paridade do poder de compra, que elimina distorções causadas pela diferença no custo de vida dos diversos países.
O cruzamento de dados do PNUD mostra que em sete países a renda anual dos 10% mais pobres ultrapassa os US$ 10 mil anuais – além de Noruega, Japão, Finlândia, Irlanda, Suécia, Áustria e Bélgica.
No outro extremo, em 42 países a renda média dos 10% mais ricos não ultrapassa os mesmos US$ 10 mil – isso ocorre, por exemplo, na Índia, no Paquistão, em Bangladesh e no Vietnã.
Segundo o relatório, a Bolívia é o país com a maior desigualdade entre os 10% mais ricos e os 10% mais pobres – US$ 12.849 por ano contra US$ 82, uma diferença de 157 vezes.
O segundo mais desigual é a Namíbia, onde a diferença é de 129 vezes – US$ 48.052 anuais para os 10% mais ricos contra US$ 372 para os 10% mais pobres.
O país menos desigual, segundo o PNUD, é o Azerbaijão, onde os 10% mais pobres recebem US$ 2.218 ao ano, cerca de um terço da renda dos 10% mais ricos (US$ 7.393 anuais).
O segundo país menos desigual é o Japão, com uma renda anual de US$ 63.408 para os 10% mais ricos contra US$ 14.026 para os 10% mais pobres – uma diferença de 4,5 vezes.
Os relatório mostra ainda que os países com as maiores rendas médias anuais entre os 10% mais ricos da população são Estados Unidos (US$ 117.931), Hong Kong (US$ 105.747), Irlanda (US$ 104.820) e Cingapura (US$ 90.848).
Entre os países com as menores rendas entre os mais pobres estão Serra Leoa (US$ 28 anuais), Níger (US$ 62), República Centro-Africana (US$ 77) e Bolívia (US$ 82).