Quênia faz apelo por fim de conflito na Somália
da BBC, em Londres
O presidente do Quênia, Mwai Kibaki, fez nesta terça-feira um apelo para que todos os lados envolvidos no conflito na Somália participem de negociações de paz.
O apelo foi feito durante um encontro com o presidente da Somália, Abdullahi Yusuf, na cidade queniana de Mombassa.
Kibaki afirmou que o Quênia não será usado como refúgio pelos milicianos islâmicos expulsos pelas forças somalis com o apoio de tropas da Etiópia.
Em resposta a um pedido do governo da Somália, o Quênia deslocou tropas para a fronteira para interceptar membros das milícias islâmicas em fuga após a queda de Kismayo, sua última base de apoio, na segunda-feira.
Helicópteros
Até serem expulsos, os membros da milícia União das Cortes Islâmicas (UCI) controlaram a maior parte da Somália durante os últimos seis meses.
Os islâmicos afirmam que a sua retirada é estratégica e alertam para uma insurgência.
Nesta terça-feira, helicópteros etíopes que perseguiam os milicianos islâmicos bombardearam por engano um posto de controle na fronteira com o Quênia.
As bombas, que caíram do lado queniano da fronteira, não causaram danos nem feridos.
Refugiados
Segundo o repórter da BBC Bashkas Jugsodaay, muitos refugiados somalis estão na fronteira.
O coordenador humanitário das Nações Unidas para a Somália, Eric La Roche, expressou sua preocupação sobre as tentativas das autoridades quenianas de fechar a fronteira.
La Roche disse à BBC que a maioria das pessoas que tentavam atravessar a fronteira são mulheres e crianças e que o contingente que estava passando para o lado queniano havia sido reduzido a um mínimo nos últimos dias.
Ele disse, porém, que a situação humanitária no país não estava tão ruim como se temia inicialmente.
A organização internacional Médicos Sem Fronteiras disse que negocia com o governo de transição o retorno de seu pessoal à Somália e que espera que isso possa ocorrer até a quinta-feira. A organização havia retirado seu pessoal do país há duas semanas.
Permanência
O governo de transição da Somália disse nesta terça-feira que as tropas etíopes que expulsaram as milícias islâmicas do poder permanecerão em solo somali até que a situação no país seja estabilizada.
O primeiro-ministro somali, Ali Mohamed Ghedi, disse à BBC que isso poderia levar vários meses.
Mas o primeiro-ministro da Etiópia, Meles Zenawi, disse que as operações etíopes na Somália já atingiram seu objetivo e que suas tropas se retirarão na primeira oportunidade, possivelmente dentro de duas semanas.
O frágil governo interino da Somália deseja que as forças da Etiópia permaneçam no país até a chegada de forças de paz internacionais, já que o governo tem poucos soldados treinados e quase nenhuma capacidade para manter a ordem e a lei sem ajuda externa.
Mas a presença das tropas etíopes no território somali também poderia prejudicar as tentativas do governo de ganhar apoio entre a população do país.
Membros europeus de um grupo internacional que discute a situação na Somália deverão ter um encontro nesta quarta-feira, em Bruxelas, para debater como a Europa pode ajudar a solucionar o conflito.
O apelo foi feito durante um encontro com o presidente da Somália, Abdullahi Yusuf, na cidade queniana de Mombassa.
Kibaki afirmou que o Quênia não será usado como refúgio pelos milicianos islâmicos expulsos pelas forças somalis com o apoio de tropas da Etiópia.
Em resposta a um pedido do governo da Somália, o Quênia deslocou tropas para a fronteira para interceptar membros das milícias islâmicas em fuga após a queda de Kismayo, sua última base de apoio, na segunda-feira.
Helicópteros
Até serem expulsos, os membros da milícia União das Cortes Islâmicas (UCI) controlaram a maior parte da Somália durante os últimos seis meses.
Os islâmicos afirmam que a sua retirada é estratégica e alertam para uma insurgência.
Nesta terça-feira, helicópteros etíopes que perseguiam os milicianos islâmicos bombardearam por engano um posto de controle na fronteira com o Quênia.
As bombas, que caíram do lado queniano da fronteira, não causaram danos nem feridos.
Refugiados
Segundo o repórter da BBC Bashkas Jugsodaay, muitos refugiados somalis estão na fronteira.
O coordenador humanitário das Nações Unidas para a Somália, Eric La Roche, expressou sua preocupação sobre as tentativas das autoridades quenianas de fechar a fronteira.
La Roche disse à BBC que a maioria das pessoas que tentavam atravessar a fronteira são mulheres e crianças e que o contingente que estava passando para o lado queniano havia sido reduzido a um mínimo nos últimos dias.
Ele disse, porém, que a situação humanitária no país não estava tão ruim como se temia inicialmente.
A organização internacional Médicos Sem Fronteiras disse que negocia com o governo de transição o retorno de seu pessoal à Somália e que espera que isso possa ocorrer até a quinta-feira. A organização havia retirado seu pessoal do país há duas semanas.
Permanência
O governo de transição da Somália disse nesta terça-feira que as tropas etíopes que expulsaram as milícias islâmicas do poder permanecerão em solo somali até que a situação no país seja estabilizada.
O primeiro-ministro somali, Ali Mohamed Ghedi, disse à BBC que isso poderia levar vários meses.
Mas o primeiro-ministro da Etiópia, Meles Zenawi, disse que as operações etíopes na Somália já atingiram seu objetivo e que suas tropas se retirarão na primeira oportunidade, possivelmente dentro de duas semanas.
O frágil governo interino da Somália deseja que as forças da Etiópia permaneçam no país até a chegada de forças de paz internacionais, já que o governo tem poucos soldados treinados e quase nenhuma capacidade para manter a ordem e a lei sem ajuda externa.
Mas a presença das tropas etíopes no território somali também poderia prejudicar as tentativas do governo de ganhar apoio entre a população do país.
Membros europeus de um grupo internacional que discute a situação na Somália deverão ter um encontro nesta quarta-feira, em Bruxelas, para debater como a Europa pode ajudar a solucionar o conflito.