Brasileiros tentam chegar a Dacar entre os primeiros
da BBC, em Londres
O rali Dacar, que este ano sai pela segunda vez de Lisboa, vai contar com um recorde de oito brasileiros em prova.
Além da disputa tradicional entre as principais equipes, a competição, que começa neste sábado e termina no dia 21, vai ter atrações especiais para o Brasil: nos caminhões, André de Azevedo tem chances de ganhar.
A competição de automóveis tem a participação dos brasileiros Klever Kolberg, que completa seu 20º rali, Paulo Nobre, na segunda corrida, e Riamburgo Ximenez.
“Nos carros, há umas 20 equipes com estrutura oficial de fábrica, e estas é difícil de vencer. Mas meu objetivo é chegar entre os dez primeiros”, afirma Kolberg, que vai seguir a bordo de um Mitsubishi da equipe Petrobras-Lubrax.
Grandes equipes
Com um carro preparado na França pela Eureka, Kolberg tem consciência de que não tem as mesmas chances das grandes equipes.
“Enquanto nos caminhões, a Tatra nos dá o que tem de melhor, se você chegar na fábrica para comprar um carro de competição igual aos das grandes equipes, não vai conseguir. As fábricas guardam muitos segredos para suas equipes", diz.
“Não é a mesma coisa para eles que eu vença com um Mitsubishi ou que vença o Mitsubishi oficial. Eles gostariam que eu fosse o primeiro depois dos pilotos da equipe deles.”
Nas motos, a situação é a mesma. “Estou com uma moto nova, uma KTM 660, com que eles correram no ano passado. Mas a KTM lançou a 690 só para os pilotos oficiais”, afirma Jean de Azevedo, também da Petrobras-Lubrax, que tem como objetivo chegar entre os dez primeiros entre as motos.
Kolberg diz que cada equipe de fábrica faz investimentos entre US$ 25 milhões e US$ 30 milhões para preparar os carros para o Dacar. “Eles gastam o ano inteiro desenvolvendo produtos para o rali. Eu tenho limite de orçamento.”
Na equipe da Volkswagen, os valores do investimento para o rali são segredo. “O que posso dizer é que tudo o que investimos tem um retorno de três a quatro vezes em notoriedade”, afirma Kriss Nissen, diretor esportivo da equipe.
Concorrentes
Dos outros dois pilotos brasileiros, o que tem melhor carro é Paulo Nobre, o Palmeirinha, que corre pela equipe da BMW.
“Meu objetivo é chegar a Dacar. Com uma equipe e um carro desses, se chegar deve ser numa boa colocação. Se for entre os 30 primeiros, vai ser razoável. Entre os 20, vai ser bom. Entre os 15, muito bom. Se chegar entre os dez primeiros, vou ficar mais feliz do que o Peterhansel se ganhar o Dacar”, diz Nobre.
Fanático palmeirense – tem o cavanhaque pintado de verde e no carro uma bandeira do Brasil com o símbolo do Palmeiras –, está entusiasmado com sua participação.
“Ainda acho que é um sonho. No ano passado eu nem considero que estive no Dacar. Quebrei na quarta etapa.”
Para competir, Nobre teve de comprar um lugar na equipe, depois de um teste. “Estou aqui com o apoio do Itaú. A equipe tem cinco pilotos oficiais e dois que tem que entrar com patrocínio”, afirma.
Apesar de ter anunciado como objetivo apenas chegar a Dacar na sua primeira participação no rali, o piloto Riamburgo Ximenez é visto como um adversário forte.
“Ele nasceu no Ceará e está habituado a andar em areia. Além disso, está com o meu navegador do ano passado”, diz Kolberg. “É um baita piloto e o rei da areia no Brasil", diz Nobre.
Rali
Nesta edição do rali, 518 pilotos de 42 países vão enfrentar o desafio de percorrer 9.043 quilômetros em 15 dias.
O trajeto iniciado em Portugal atravessa a Espanha e passa por Marrocos, Saara Ocidental, Mauritânia, Mali e Guiné até chegar ao Senegal.
Neste ano, além da mudança da data (o rali tradicionalmente começava antes do Ano Novo) a novidade é um plano de segurança.
“Tivemos dois acidentes nos locais em que passa o rali, e este ano fizemos um plano de segurança com ênfase em cidadezinhas e mercados da África negra”, afirma o diretor da prova, Etiènne Lavine.
Segundo Lavine, a competição fica em Lisboa até 2008. Depois, já há cidades candidatas a ser o local de partida.
“Vai depender das condições de negociação. Há outras cidades que manifestaram interesse, como Madri e Budapeste.”
Além da disputa tradicional entre as principais equipes, a competição, que começa neste sábado e termina no dia 21, vai ter atrações especiais para o Brasil: nos caminhões, André de Azevedo tem chances de ganhar.
A competição de automóveis tem a participação dos brasileiros Klever Kolberg, que completa seu 20º rali, Paulo Nobre, na segunda corrida, e Riamburgo Ximenez.
“Nos carros, há umas 20 equipes com estrutura oficial de fábrica, e estas é difícil de vencer. Mas meu objetivo é chegar entre os dez primeiros”, afirma Kolberg, que vai seguir a bordo de um Mitsubishi da equipe Petrobras-Lubrax.
Grandes equipes
Com um carro preparado na França pela Eureka, Kolberg tem consciência de que não tem as mesmas chances das grandes equipes.
“Enquanto nos caminhões, a Tatra nos dá o que tem de melhor, se você chegar na fábrica para comprar um carro de competição igual aos das grandes equipes, não vai conseguir. As fábricas guardam muitos segredos para suas equipes", diz.
“Não é a mesma coisa para eles que eu vença com um Mitsubishi ou que vença o Mitsubishi oficial. Eles gostariam que eu fosse o primeiro depois dos pilotos da equipe deles.”
Nas motos, a situação é a mesma. “Estou com uma moto nova, uma KTM 660, com que eles correram no ano passado. Mas a KTM lançou a 690 só para os pilotos oficiais”, afirma Jean de Azevedo, também da Petrobras-Lubrax, que tem como objetivo chegar entre os dez primeiros entre as motos.
Kolberg diz que cada equipe de fábrica faz investimentos entre US$ 25 milhões e US$ 30 milhões para preparar os carros para o Dacar. “Eles gastam o ano inteiro desenvolvendo produtos para o rali. Eu tenho limite de orçamento.”
Na equipe da Volkswagen, os valores do investimento para o rali são segredo. “O que posso dizer é que tudo o que investimos tem um retorno de três a quatro vezes em notoriedade”, afirma Kriss Nissen, diretor esportivo da equipe.
Concorrentes
Dos outros dois pilotos brasileiros, o que tem melhor carro é Paulo Nobre, o Palmeirinha, que corre pela equipe da BMW.
“Meu objetivo é chegar a Dacar. Com uma equipe e um carro desses, se chegar deve ser numa boa colocação. Se for entre os 30 primeiros, vai ser razoável. Entre os 20, vai ser bom. Entre os 15, muito bom. Se chegar entre os dez primeiros, vou ficar mais feliz do que o Peterhansel se ganhar o Dacar”, diz Nobre.
Fanático palmeirense – tem o cavanhaque pintado de verde e no carro uma bandeira do Brasil com o símbolo do Palmeiras –, está entusiasmado com sua participação.
“Ainda acho que é um sonho. No ano passado eu nem considero que estive no Dacar. Quebrei na quarta etapa.”
Para competir, Nobre teve de comprar um lugar na equipe, depois de um teste. “Estou aqui com o apoio do Itaú. A equipe tem cinco pilotos oficiais e dois que tem que entrar com patrocínio”, afirma.
Apesar de ter anunciado como objetivo apenas chegar a Dacar na sua primeira participação no rali, o piloto Riamburgo Ximenez é visto como um adversário forte.
“Ele nasceu no Ceará e está habituado a andar em areia. Além disso, está com o meu navegador do ano passado”, diz Kolberg. “É um baita piloto e o rei da areia no Brasil", diz Nobre.
Rali
Nesta edição do rali, 518 pilotos de 42 países vão enfrentar o desafio de percorrer 9.043 quilômetros em 15 dias.
O trajeto iniciado em Portugal atravessa a Espanha e passa por Marrocos, Saara Ocidental, Mauritânia, Mali e Guiné até chegar ao Senegal.
Neste ano, além da mudança da data (o rali tradicionalmente começava antes do Ano Novo) a novidade é um plano de segurança.
“Tivemos dois acidentes nos locais em que passa o rali, e este ano fizemos um plano de segurança com ênfase em cidadezinhas e mercados da África negra”, afirma o diretor da prova, Etiènne Lavine.
Segundo Lavine, a competição fica em Lisboa até 2008. Depois, já há cidades candidatas a ser o local de partida.
“Vai depender das condições de negociação. Há outras cidades que manifestaram interesse, como Madri e Budapeste.”