Relação com Brasil não será afetada, diz Argentina
da BBC, em Londres
O secretário de Relações Econômicas Internacionais do Ministério de Relações Exteriores da Argentina, Alfredo Chiaradia, disse em entrevista à BBC Brasil que as diferenças bilaterais sobre o comércio da resina PET não afetam "de forma alguma" as relações entre os dois países.
Segundo Chiaradia, o Mercosul não possui mecanismo que pudesse definir essa diferença que envolve duas empresas do ramo químico.
O secretário recordou que, assim como o Brasil já apelou à Organização Mundial do Comércio (OMC) por diferenças com a Argentina no comércio do frango, é "normal" que a Argentina agora apele ao organismo internacional para tentar chegar a um entendimento.
A decisão foi tomada depois que o Brasil criou uma sobretaxa para importação de resina PET (usada em embalagens de refrigerantes e água mineral, entre outros produtos) fabricada pela empresa Voridian Argentina SRL, de capital americano da empresa Eastman, instalada na Argentina.
"Depois de um ano e três meses sem ter resultados nessas negociações, decidimos apelar à OMC. Mas não há nada contra o Brasil ou o Mercosul nesta nossa iniciativa", disse Chiaradia.
"Intransigência"
Chiaradia acusou a empresa italiana M&G, cuja subsidiária brasileira é a Rhodia-Ster, de "intransigência", obrigando a Argentina, afirmou ele, a recorrer à última instância, que é a OMC.
"Não vamos tolerar a atitude desta empresa italiana", disse Chiaradia.
"Na nossa avaliação, o comportamento do Brasil nessas discussões foi impecável."
Quando questionado sobre a sobretaxa imposta pelo Brasil às importações da resina fabricada na Argentina, Chiaradia respondeu que essa foi uma decisão técnica, um "cálculo" realizado a partir de informações da empresa italiana.
"Mas nada disso afeta a relação, que vai muito bem, entre o Brasil e a Argentina."
Zero
A autoridade de comércio da Argentina afirmou ainda que essa discussão que envolve dois gigantes mundiais do setor químico terá importância "zero" na próxima reunião do Mercosul, que será realizada nos dias 18 e 19, no Rio de Janeiro.
Para Chiaradia, falta muito para que o conflito comercial seja resolvido na OMC. Serão muitas etapas até uma conclusão, afirmou.
"O Brasil já foi à OMC por disputas parecidas contra a Argentina. Não se pode acusar a Argentina de querer prejudicar o Mercosul. Não é esse o objetivo", disse.
Segundo Chiaradia, a partir de agosto de 2005, quando o Brasil impôs a sobretaxa à resina fabricada na Argentina, esse mercado acabou ocupado por empresas dos países asiáticos.
"Por isso, a investigação brasileira, na opinião da Argentina, é defeituosa, e só prejudica uma empresa instalada no nosso país", disse Chiaradia.
Segundo Chiaradia, o Mercosul não possui mecanismo que pudesse definir essa diferença que envolve duas empresas do ramo químico.
O secretário recordou que, assim como o Brasil já apelou à Organização Mundial do Comércio (OMC) por diferenças com a Argentina no comércio do frango, é "normal" que a Argentina agora apele ao organismo internacional para tentar chegar a um entendimento.
A decisão foi tomada depois que o Brasil criou uma sobretaxa para importação de resina PET (usada em embalagens de refrigerantes e água mineral, entre outros produtos) fabricada pela empresa Voridian Argentina SRL, de capital americano da empresa Eastman, instalada na Argentina.
"Depois de um ano e três meses sem ter resultados nessas negociações, decidimos apelar à OMC. Mas não há nada contra o Brasil ou o Mercosul nesta nossa iniciativa", disse Chiaradia.
"Intransigência"
Chiaradia acusou a empresa italiana M&G, cuja subsidiária brasileira é a Rhodia-Ster, de "intransigência", obrigando a Argentina, afirmou ele, a recorrer à última instância, que é a OMC.
"Não vamos tolerar a atitude desta empresa italiana", disse Chiaradia.
"Na nossa avaliação, o comportamento do Brasil nessas discussões foi impecável."
Quando questionado sobre a sobretaxa imposta pelo Brasil às importações da resina fabricada na Argentina, Chiaradia respondeu que essa foi uma decisão técnica, um "cálculo" realizado a partir de informações da empresa italiana.
"Mas nada disso afeta a relação, que vai muito bem, entre o Brasil e a Argentina."
Zero
A autoridade de comércio da Argentina afirmou ainda que essa discussão que envolve dois gigantes mundiais do setor químico terá importância "zero" na próxima reunião do Mercosul, que será realizada nos dias 18 e 19, no Rio de Janeiro.
Para Chiaradia, falta muito para que o conflito comercial seja resolvido na OMC. Serão muitas etapas até uma conclusão, afirmou.
"O Brasil já foi à OMC por disputas parecidas contra a Argentina. Não se pode acusar a Argentina de querer prejudicar o Mercosul. Não é esse o objetivo", disse.
Segundo Chiaradia, a partir de agosto de 2005, quando o Brasil impôs a sobretaxa à resina fabricada na Argentina, esse mercado acabou ocupado por empresas dos países asiáticos.
"Por isso, a investigação brasileira, na opinião da Argentina, é defeituosa, e só prejudica uma empresa instalada no nosso país", disse Chiaradia.