Análise: Celular do futuro será controle remoto da vida
da BBC, em Londres
Estamos em 2025. Seu telefone celular é agora muito mais do que um dispositivo de comunicação: é mais parecido com um controle remoto da sua vida.
Ainda é possível chamar o aparelho de celular, mais por uma questão de hábito. Mas o aparelho é uma agenda, um dispositivo de entretenimento, de pagamento de contas, centro de segurança e muito mais.
Em um dia comum, o aparelho começaria a trabalhar antes mesmo de seu dono acordar.
O aparelho conhece as rotas que seu dono segue pela cidade, por isso pode informar sobre problemas nas ruas ou com o transporte público e ajustar a hora em que o despertador toca de acordo com a presença ou não destes problemas, além de apresentar a melhor rota para o trabalho.
O dispositivo também controla sua casa, reprograma o aquecimento central se o dono tiver que acordar mais cedo e também dá o alarme remoto caso o sistema de segurança da casa seja acionado.
O aparelho também serve para fazer pagamentos: basta colocar o telefone perto de um sensor e será possível, automaticamente, pagar por viagens em transportes públicos ou comprar produtos em lojas.
Estojo de ferramentas
O telefone celular do futuro também será um centro de entretenimento fora de casa.
Além de armazenar todos os arquivos de música do proprietário, como alguns celulares estão começando a armazenar atualmente, o celular do futuro vai trabalhar junto com o sistema de entretenimento doméstico, enquanto seu proprietário dorme, para encontrar a programação de interesse e baixar, como um podcast, para o dono conferir no transporte público ou em um momento livre.
O telefone celular do futuro também será inteligente o bastante para, sozinho, descobrir o que fazer com ligações e mensagens que recebe.
Pelo fato de conhecer a agenda de seu dono, o telefone vai saber, por exemplo, direcionar chamadas e recados enquanto o dono está em uma reunião, talvez até fornecendo um pequeno resumo com a identidade da pessoa que ligou e do que se tratava a ligação.
Com o conhecimento que tem de quase todos os aspectos da vida de seu dono, o celular do futuro poderá ter muitos novos serviços.
Por exemplo, um serviço de planejamento de "boa alimentação" pode enviar sugestões diárias para o jantar baseado em preferências do dono já armazenadas, seleções prévias e os possíveis produtos que estão dentro da geladeira.
O aparelho poderá também trabalhar baixando a conta semanal do supermercado e, então, retirando os produtos que já foram usados em refeições anteriores na semana ou aqueles que já passaram da data de vencimento.
Com conhecimentos locais, o celular pode fornecer informações, alertar o usuário que estiver perto da casa de algum amigo ou até mesmo compilar informações sobre a família, para que todos saibam onde toda a família está.
Sair de casa sem o celular já não é muito bom atualmente. No futuro, será como sair de casa sem a carteira, chaves, aparelho de mp3 e o celular, tudo de uma vez.
E a utilidade que pode ser mais agradável, o celular do futuro pode guiar seu usuário pela vida.
Planejamento
Então, o que essa aparentemente enorme mudança em nosso relacionamento com nossos telefones celulares vai precisar em termos de novas tecnologias ou mais gastos?
Na verdade, e surpreendentemente, de pouco.
Atualmente existe uma grande rede de cobertura para celulares, com redes de dados de alta velocidade em muitas casas, escritórios e locais de convivência como cafés. Para o sinal do celular, temos tudo o que precisamos.
O que precisamos é de melhores aparelhos e mais inteligência.
Os aparelhos vão continuar a melhorar, com telas sensíveis ao toque e com mais resolução, reconhecimento de voz que realmente funcione e capacidade muito maior de memória e armazenamento.
Dentro destes celulares, e também nas casas e redes de alto alcance, estarão programas cada vez mais inteligentes, capazes de aprender comportamentos, prever necessidades e se integrar com um crescente número de bancos de dados – incluindo atualizações de informações do sistema de transporte e de lojas, e gradualmente disponibilizando informações em formatos que serão cada vez mais úteis.
Não mais que dez anos atrás, o celular era apenas um aparelho para fazer chamadas telefônicas de voz. Atualmente, é também uma câmera, um aparelho de mp3, agenda e dispositivo para enviar mensagens de texto.
Este é apenas o começo da evolução que virá nos próximos 20 anos e que vai transformar o telefone celular em nosso companheiro de vida confiável e indispensável.
*William Webb é o chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Ofcom, agência reguladora de comunicações na Grã-Bretanha, e escreveu um livro sobre o assunto.
Ainda é possível chamar o aparelho de celular, mais por uma questão de hábito. Mas o aparelho é uma agenda, um dispositivo de entretenimento, de pagamento de contas, centro de segurança e muito mais.
Em um dia comum, o aparelho começaria a trabalhar antes mesmo de seu dono acordar.
O aparelho conhece as rotas que seu dono segue pela cidade, por isso pode informar sobre problemas nas ruas ou com o transporte público e ajustar a hora em que o despertador toca de acordo com a presença ou não destes problemas, além de apresentar a melhor rota para o trabalho.
O dispositivo também controla sua casa, reprograma o aquecimento central se o dono tiver que acordar mais cedo e também dá o alarme remoto caso o sistema de segurança da casa seja acionado.
O aparelho também serve para fazer pagamentos: basta colocar o telefone perto de um sensor e será possível, automaticamente, pagar por viagens em transportes públicos ou comprar produtos em lojas.
Estojo de ferramentas
O telefone celular do futuro também será um centro de entretenimento fora de casa.
Além de armazenar todos os arquivos de música do proprietário, como alguns celulares estão começando a armazenar atualmente, o celular do futuro vai trabalhar junto com o sistema de entretenimento doméstico, enquanto seu proprietário dorme, para encontrar a programação de interesse e baixar, como um podcast, para o dono conferir no transporte público ou em um momento livre.
O telefone celular do futuro também será inteligente o bastante para, sozinho, descobrir o que fazer com ligações e mensagens que recebe.
Pelo fato de conhecer a agenda de seu dono, o telefone vai saber, por exemplo, direcionar chamadas e recados enquanto o dono está em uma reunião, talvez até fornecendo um pequeno resumo com a identidade da pessoa que ligou e do que se tratava a ligação.
Com o conhecimento que tem de quase todos os aspectos da vida de seu dono, o celular do futuro poderá ter muitos novos serviços.
Por exemplo, um serviço de planejamento de "boa alimentação" pode enviar sugestões diárias para o jantar baseado em preferências do dono já armazenadas, seleções prévias e os possíveis produtos que estão dentro da geladeira.
O aparelho poderá também trabalhar baixando a conta semanal do supermercado e, então, retirando os produtos que já foram usados em refeições anteriores na semana ou aqueles que já passaram da data de vencimento.
Com conhecimentos locais, o celular pode fornecer informações, alertar o usuário que estiver perto da casa de algum amigo ou até mesmo compilar informações sobre a família, para que todos saibam onde toda a família está.
Sair de casa sem o celular já não é muito bom atualmente. No futuro, será como sair de casa sem a carteira, chaves, aparelho de mp3 e o celular, tudo de uma vez.
E a utilidade que pode ser mais agradável, o celular do futuro pode guiar seu usuário pela vida.
Planejamento
Então, o que essa aparentemente enorme mudança em nosso relacionamento com nossos telefones celulares vai precisar em termos de novas tecnologias ou mais gastos?
Na verdade, e surpreendentemente, de pouco.
Atualmente existe uma grande rede de cobertura para celulares, com redes de dados de alta velocidade em muitas casas, escritórios e locais de convivência como cafés. Para o sinal do celular, temos tudo o que precisamos.
O que precisamos é de melhores aparelhos e mais inteligência.
Os aparelhos vão continuar a melhorar, com telas sensíveis ao toque e com mais resolução, reconhecimento de voz que realmente funcione e capacidade muito maior de memória e armazenamento.
Dentro destes celulares, e também nas casas e redes de alto alcance, estarão programas cada vez mais inteligentes, capazes de aprender comportamentos, prever necessidades e se integrar com um crescente número de bancos de dados – incluindo atualizações de informações do sistema de transporte e de lojas, e gradualmente disponibilizando informações em formatos que serão cada vez mais úteis.
Não mais que dez anos atrás, o celular era apenas um aparelho para fazer chamadas telefônicas de voz. Atualmente, é também uma câmera, um aparelho de mp3, agenda e dispositivo para enviar mensagens de texto.
Este é apenas o começo da evolução que virá nos próximos 20 anos e que vai transformar o telefone celular em nosso companheiro de vida confiável e indispensável.
*William Webb é o chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Ofcom, agência reguladora de comunicações na Grã-Bretanha, e escreveu um livro sobre o assunto.