Lula se reunirá com Bush nos EUA no 2º trimestre
da BBC, em Londres
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai se encontrar em Washington com o presidente americano, George W. Bush, no segundo trimestre deste ano, provavelmente em abril, de acordo com um alto funcionário do governo americano.
A visita já está sendo preparada pelas embaixadas brasileira em Washington e americana em Brasília, mas a data exata ainda não está definida.
O Palácio do Planalto disse que a viagem ainda não está na agenda do presidente, mas informou que o convite foi feito quando Bush ligou para cumprimentá-lo pela vitória, no fim de outubro.
Lula aceitou e disse que precisava apenas encontrar uma data. Fontes diplomáticas confirmam que a visita está sendo planejada, mas ainda não entrou oficialmente na agenda.
Bush fez uma visita a Brasília em novembro de 2005. Desta vez, de acordo com o governo americano, os principais temas do encontro são etanol, segurança, transição em Cuba, Venezuela, livre comércio e investimento, ciência e tecnologia e meio ambiente.
No início de fevereiro, desembarcam no país o secretário de Justiça americano, Alberto Gonzales, e o subsecretário de Estado para Assuntos Políticos, Nicholas Burns, acompanhado do secretário assistente para as Américas, Thomas Shannon.
No aguardo
Os representantes do governo americano estão esperando a nomeação dos novos ministros do governo Lula, quando avaliam que vai começar efetivamente o segundo mandato.
Esperam conversar especialmente sobre segurança e a influência do país na região, especialmente em relação à Venezuela. “Esperamos que os vizinhos da Venezuela atuem como uma influência moderadora. Esperamos que o Brasil se engaje”, disse um alto funcionário do governo americano.
O Itamaraty não quis comentar o assunto porque o ministro Celso Amorim está em férias.
A influência do Brasil, na visão do governo americano, vem da percepção de que o país é respeitado “pelo seu tamanho, pelo seu relacionamento com outros países e pela liderança que o presidente Lula exerce na região”.
“Temos certeza de que quando ele se engaja os outros países ouvem. O que não quer dizer que vão obedecer, porque cada país sempre faz o que acredita ser de acordo com seu próprio interesse”, afirmou o representante do governo americano.
O assessor de Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, disse à BBC Brasil na quarta-feira que espera conversar com Shannon sobre a Venezuela durante a visita dos americanos em fevereiro.
Com a viagem, o governo americano quer mostrar que a América Latina está sim entre as prioridades do governo Bush, acusado de negligenciar a região depois dos atentados de 2001.
Os americanos também estão interessados em cooperação na área de etanol. Os dois países são os maiores produtores mundiais do combustível – desde o ano passado, os Estados Unidos passaram à frente do Brasil, com etanol de milho – e têm um interesse comum em transformar o produto num combustível utilizado em todo o mundo, criando uma demanda para a produção dos dois países e incentivando a produção em outras regiões.
A visita já está sendo preparada pelas embaixadas brasileira em Washington e americana em Brasília, mas a data exata ainda não está definida.
O Palácio do Planalto disse que a viagem ainda não está na agenda do presidente, mas informou que o convite foi feito quando Bush ligou para cumprimentá-lo pela vitória, no fim de outubro.
Lula aceitou e disse que precisava apenas encontrar uma data. Fontes diplomáticas confirmam que a visita está sendo planejada, mas ainda não entrou oficialmente na agenda.
Bush fez uma visita a Brasília em novembro de 2005. Desta vez, de acordo com o governo americano, os principais temas do encontro são etanol, segurança, transição em Cuba, Venezuela, livre comércio e investimento, ciência e tecnologia e meio ambiente.
No início de fevereiro, desembarcam no país o secretário de Justiça americano, Alberto Gonzales, e o subsecretário de Estado para Assuntos Políticos, Nicholas Burns, acompanhado do secretário assistente para as Américas, Thomas Shannon.
No aguardo
Os representantes do governo americano estão esperando a nomeação dos novos ministros do governo Lula, quando avaliam que vai começar efetivamente o segundo mandato.
Esperam conversar especialmente sobre segurança e a influência do país na região, especialmente em relação à Venezuela. “Esperamos que os vizinhos da Venezuela atuem como uma influência moderadora. Esperamos que o Brasil se engaje”, disse um alto funcionário do governo americano.
O Itamaraty não quis comentar o assunto porque o ministro Celso Amorim está em férias.
A influência do Brasil, na visão do governo americano, vem da percepção de que o país é respeitado “pelo seu tamanho, pelo seu relacionamento com outros países e pela liderança que o presidente Lula exerce na região”.
“Temos certeza de que quando ele se engaja os outros países ouvem. O que não quer dizer que vão obedecer, porque cada país sempre faz o que acredita ser de acordo com seu próprio interesse”, afirmou o representante do governo americano.
O assessor de Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, disse à BBC Brasil na quarta-feira que espera conversar com Shannon sobre a Venezuela durante a visita dos americanos em fevereiro.
Com a viagem, o governo americano quer mostrar que a América Latina está sim entre as prioridades do governo Bush, acusado de negligenciar a região depois dos atentados de 2001.
Os americanos também estão interessados em cooperação na área de etanol. Os dois países são os maiores produtores mundiais do combustível – desde o ano passado, os Estados Unidos passaram à frente do Brasil, com etanol de milho – e têm um interesse comum em transformar o produto num combustível utilizado em todo o mundo, criando uma demanda para a produção dos dois países e incentivando a produção em outras regiões.