Cientistas italianos recriam face de Dante Alighieri
da BBC, em Londres
Cientistas italianos da Universidade de Bologna, na Itália, remodelaram a face do famoso escritor italiano Dante Alighieri.
O resultado talvez não seja o mais belo do mundo, mas certamente é melhor do que as imagens igualmente famosas do escritor, como a pintada pelo também italiano Sandro Botticelli.
Os pesquisadores que trabalharam no projeto crêem que o modelo seja o mais próximo possível de como o poeta foi realmente.
Como base, eles usaram restos mortais que estavam na sua tumba, que fica na cidade de Ravenna.
Surpresas
O resultado final surpreendeu alguns dos estudiosos da vida de Dante. Eles sempre imaginaram o escritor como tendo um nariz mais longo e aquilíneo, mas o modelo da universidade bolonhesa tem um nariz achatado, como se tivesse levado uma pancada.
“Todos nós tínhamos imagens de Dante em nossa imaginação”, disse o professor Giorgio Gruppioni, o antropólogo responsável pelo projeto. “Mas se acertamos aqui, ele era bem diferente do que se supunha”.
A idéia que se fazia do pintor era basicamente a que vinha dos vários retratos clássicos que existem dele. Gruppioni disse que a maioria desses retratos tinham sido feitos por artistas da Renascença depois de sua morte.
Esses retratos são o que Gruppioni chama de “imagens psicológicas” – impressões que os artistas tinham de Dante com base no que tinham lido sobre ele.
Uma série de máscaras mortuárias de Dante também existe, mas acredita-se que elas tenham igualmente sido feitas depois de sua morte.
“Nenhuma face humana poderia ter sido origem para mais de 30 máscaras mortuárias diferentes”, explica o professor.
Superposição
Dante Alighieri morreu em 1321, logo depois de ter concluído Paraíso, o último livro da Divina Comédia.
Para chegar ao modelo, os cientistas sobrepuseram o crânio de Dante a um retrato de Botticelli.
A face teve como modelo as medidas tiradas do crânio do escritor quando a sua cripta foi aberta em 1920. Supõe-se que tais medidas estejam corretas, mas o maxilar estava faltando e teve de ser moldado para encaixar no crânio.
Uma vez completado esse trabalho, artistas começaram a aplicar o tecido sintético sobre o molde. Além de computação gráfica, o grupo usou técnicas forenses para simular os músculos e carne com gesso, plástico e outros materiais.
Gruppioni admite que detalhes superficiais da face, como rugas e a expressão ao redor dos olhos são levemente especulativos. Contudo, ele está confiante que o formato da cabeça, a proporção dos olhos, nariz e boca são bastante fiéis.
“É o mais perto que podíamos chegar”, disse Gruppioni. “Colocamos somente a forma nos moldes, sem expressão”.
“Quando acabamos, ele parecia bastante comum, como o vizinho do lado. Pensei que isso pudesse causar algum escândalo, mas a maioria das pessoas tem uma imagem mais humana dele mesmo”, afirmou.
Dante Alighieri era um poeta da cidade de Florença, na Itália. Sua principal obra, a Divina Comédia, é considerada uma das maiores obras literárias de todos os tempos.
O resultado talvez não seja o mais belo do mundo, mas certamente é melhor do que as imagens igualmente famosas do escritor, como a pintada pelo também italiano Sandro Botticelli.
Os pesquisadores que trabalharam no projeto crêem que o modelo seja o mais próximo possível de como o poeta foi realmente.
Como base, eles usaram restos mortais que estavam na sua tumba, que fica na cidade de Ravenna.
Surpresas
O resultado final surpreendeu alguns dos estudiosos da vida de Dante. Eles sempre imaginaram o escritor como tendo um nariz mais longo e aquilíneo, mas o modelo da universidade bolonhesa tem um nariz achatado, como se tivesse levado uma pancada.
“Todos nós tínhamos imagens de Dante em nossa imaginação”, disse o professor Giorgio Gruppioni, o antropólogo responsável pelo projeto. “Mas se acertamos aqui, ele era bem diferente do que se supunha”.
A idéia que se fazia do pintor era basicamente a que vinha dos vários retratos clássicos que existem dele. Gruppioni disse que a maioria desses retratos tinham sido feitos por artistas da Renascença depois de sua morte.
Esses retratos são o que Gruppioni chama de “imagens psicológicas” – impressões que os artistas tinham de Dante com base no que tinham lido sobre ele.
Uma série de máscaras mortuárias de Dante também existe, mas acredita-se que elas tenham igualmente sido feitas depois de sua morte.
“Nenhuma face humana poderia ter sido origem para mais de 30 máscaras mortuárias diferentes”, explica o professor.
Superposição
Dante Alighieri morreu em 1321, logo depois de ter concluído Paraíso, o último livro da Divina Comédia.
Para chegar ao modelo, os cientistas sobrepuseram o crânio de Dante a um retrato de Botticelli.
A face teve como modelo as medidas tiradas do crânio do escritor quando a sua cripta foi aberta em 1920. Supõe-se que tais medidas estejam corretas, mas o maxilar estava faltando e teve de ser moldado para encaixar no crânio.
Uma vez completado esse trabalho, artistas começaram a aplicar o tecido sintético sobre o molde. Além de computação gráfica, o grupo usou técnicas forenses para simular os músculos e carne com gesso, plástico e outros materiais.
Gruppioni admite que detalhes superficiais da face, como rugas e a expressão ao redor dos olhos são levemente especulativos. Contudo, ele está confiante que o formato da cabeça, a proporção dos olhos, nariz e boca são bastante fiéis.
“É o mais perto que podíamos chegar”, disse Gruppioni. “Colocamos somente a forma nos moldes, sem expressão”.
“Quando acabamos, ele parecia bastante comum, como o vizinho do lado. Pensei que isso pudesse causar algum escândalo, mas a maioria das pessoas tem uma imagem mais humana dele mesmo”, afirmou.
Dante Alighieri era um poeta da cidade de Florença, na Itália. Sua principal obra, a Divina Comédia, é considerada uma das maiores obras literárias de todos os tempos.