Irã tenta romper isolamento em visita a América Latina
da BBC, em Londres
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, começa neste fim de semana um roteiro pela América Latina, que incluirá Venezuela, Nicarágua e Equador. O que Teerã busca na região?
A viagem do polêmico presidente iraniano tem, segundo seu chanceler, Manouchehr Mattaki, objetivos econômicos e políticos.
No caso da Venezuela, trata-se de um aliado com o qual Teerã tem mais de 20 acordos de cooperação, que vão desde a exploração de petróleo até a produção de tratores.
Durante a visita de Ahmadinejad, deverão ser firmados novos convênios entre os dois países.
Esta não é a primeira vez que o presidente iraniano viaja à Venezuela.
Há apenas quatro meses, Ahmadinejad esteve em Caracas, depois de participar da reunião de cúpula do Movimento dos Países Não-Alinhados, na capital cubana, Havana.
"Aliança estratégica"
Para o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, os laços com o Irã são uma "aliança estratégica".
Em uma entrevista à BBC na época da visita anterior de Ahmadinejad à Venezuela, Chávez disse que é a união de dois países emergentes em suas respectivas regiões, no contexto do que classificou como a decadência dos Estados Unidos.
É evidente que os interesses da Venezuela e do Irã vão além do âmbito econômico.
Segundo alguns analistas, Teerã busca romper o isolamento diplomático por causa de seu programa nuclear, depois das recentes sanções impostas pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
Nesse contexto, o presidente Chávez é um dos mais veementes defensores do direito do Irã de possuir tecnologia nuclear.
Nicarágua
A diplomacia iraniana parece ampliar seu campo na América Latina com a chegada de governos de esquerda na Nicarágua e no Equador, ainda que não esteja claro qual será o alcance da visita de Ahmadinejad a esses países.
Alguns observadores ressaltam que o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, apesar de suas afinidades políticas e ideológicas com Chávez, deseja manter boas relações com os Estados Unidos.
Nesse sentido, é pouco provável que Ortega ofereça ao Irã o mesmo apoio oferecido por seu colega venezuelano.
Equador
Por outro lado, a visita ao Equador pode ser de maior interesse econômico para Teerã.
O presidente eleito, Rafael Correa - cuja cerimônia de posse na segunda-feira, dia 15, será acompanhada por Ahmadinejad -, já manifestou sua intenção de que o Equador volte à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), da qual se retirou há mais de uma década.
Entre os membros da organização, o Irã ocupa o quarto lugar em produção.
Os Estados Unidos irão acompanhar de perto o roteiro do presidente iraniano na América Latina.
No entanto, na opinião de alguns analistas, observar talvez seja a única opção de Washington neste momento.
A viagem do polêmico presidente iraniano tem, segundo seu chanceler, Manouchehr Mattaki, objetivos econômicos e políticos.
No caso da Venezuela, trata-se de um aliado com o qual Teerã tem mais de 20 acordos de cooperação, que vão desde a exploração de petróleo até a produção de tratores.
Durante a visita de Ahmadinejad, deverão ser firmados novos convênios entre os dois países.
Esta não é a primeira vez que o presidente iraniano viaja à Venezuela.
Há apenas quatro meses, Ahmadinejad esteve em Caracas, depois de participar da reunião de cúpula do Movimento dos Países Não-Alinhados, na capital cubana, Havana.
"Aliança estratégica"
Para o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, os laços com o Irã são uma "aliança estratégica".
Em uma entrevista à BBC na época da visita anterior de Ahmadinejad à Venezuela, Chávez disse que é a união de dois países emergentes em suas respectivas regiões, no contexto do que classificou como a decadência dos Estados Unidos.
É evidente que os interesses da Venezuela e do Irã vão além do âmbito econômico.
Segundo alguns analistas, Teerã busca romper o isolamento diplomático por causa de seu programa nuclear, depois das recentes sanções impostas pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
Nesse contexto, o presidente Chávez é um dos mais veementes defensores do direito do Irã de possuir tecnologia nuclear.
Nicarágua
A diplomacia iraniana parece ampliar seu campo na América Latina com a chegada de governos de esquerda na Nicarágua e no Equador, ainda que não esteja claro qual será o alcance da visita de Ahmadinejad a esses países.
Alguns observadores ressaltam que o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, apesar de suas afinidades políticas e ideológicas com Chávez, deseja manter boas relações com os Estados Unidos.
Nesse sentido, é pouco provável que Ortega ofereça ao Irã o mesmo apoio oferecido por seu colega venezuelano.
Equador
Por outro lado, a visita ao Equador pode ser de maior interesse econômico para Teerã.
O presidente eleito, Rafael Correa - cuja cerimônia de posse na segunda-feira, dia 15, será acompanhada por Ahmadinejad -, já manifestou sua intenção de que o Equador volte à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), da qual se retirou há mais de uma década.
Entre os membros da organização, o Irã ocupa o quarto lugar em produção.
Os Estados Unidos irão acompanhar de perto o roteiro do presidente iraniano na América Latina.
No entanto, na opinião de alguns analistas, observar talvez seja a única opção de Washington neste momento.