Rice nega que EUA planejem 'escalada' na guerra no Iraque
da BBC, em Londres
Antes de iniciar um roteiro de uma semana pelo Oriente Médio, a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, afirmou em entrevista à BBC que os Estados Unidos estão determinados a se opor a qualquer interferência do Irã ou da Síria no Iraque.
"Não acredito que algum governo no mundo fosse deixar os iranianos, particularmente, coordenar redes dentro do Iraque que estão fabricando dispositivos explosivos de ótima qualidade usados para matar seus soldados", disse.
Rice negou, no entanto, que os Estados Unidos planejem uma escalada na guerra no Iraque ao confrontar grupos iranianos que atuam naquele país.
"Isso não é uma escalada, isso é apenas boa política de ação", disse Rice à BBC.
Rice descreveu as atividades iranianas como "totalmente inaceitáveis".
A secretária de Estado apoiou o compromisso manifestado pelo presidente George W. Bush de realizar missões de busca e destruição contra grupos suspeitos de fabricar bombas para uso dentro do Iraque.
Irã
Nesta semana, soldados americanos invadiram o consulado do Irã na cidade de Irbil, no norte do Iraque, e prenderam cinco funcionários.
Um porta-voz do Pentágono afirmou que os detidos eram suspeitos de envolvimento em atividades contra as forças iraquianas e da coalizão liderada pelos Estados Unidos.
Tanto o presidente Bush como Rice já afirmaram nesta semana que pretendem aumentar as medidas contra aqueles que ameaçam desestabilizar o Iraque.
Também nesta sexta-feira, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, negou que as forças americanas no Iraque estejam planejando ataques na fronteira com o Irã e com a Síria.
Falando a um comitê do Senado americano, Gates disse que esse tipo de incursão seria um último recurso.
No final do ano passado, um relatório do Grupo de Estudos sobre o Iraque, coordenado pelo ex-secretário de Estado James Baker, aconselhava o governo americano a iniciar negociações com o Irã e a Síria em uma tentativa de encontrar uma solução para o Iraque.
Roteiro
A viagem de Rice ao Oriente Médio tem o objetivo de promover a nova estratégia dos Estados Unidos para o Iraque, anunciada oficialmente pelo presidente George W. Bush na noite de quarta-feira.
Bush anunciou o envio de 21,5 mil soldados adicionais ao Iraque em um esforço para conter a violência no país, especialmente na capital, Bagdá.
O roteiro da secretária de Estado inclui Egito, Jordânia, Arábia Saudita, Kuwait, Israel e territórios palestinos.
Rice afirmou que os líderes árabes têm todo o incentivo para ajudar, já que um Iraque estável é do interesse de todos.
Outro assunto na pauta da secretária será o conflito entre Israel e palestinos.
Rice disse, no entanto, que não tem um plano para encerrar o conflito na região.
"Eu acho que qualquer plano americano está fadado ao fracasso", disse. "Os Estados Unidos não vão conseguir sucesso nesta questão sozinhos. É preciso uma voz árabe - Egito, Jordânia, Arábia Saudita."
"Certamente é preciso ter a voz de facções moderadas entre os palestinos, como Abu Mazen (o presidente palestino Mahmoud Abbas). E (o plano) precisa ter uma voz de Israel", afirmou Rice.
"Não acredito que algum governo no mundo fosse deixar os iranianos, particularmente, coordenar redes dentro do Iraque que estão fabricando dispositivos explosivos de ótima qualidade usados para matar seus soldados", disse.
Rice negou, no entanto, que os Estados Unidos planejem uma escalada na guerra no Iraque ao confrontar grupos iranianos que atuam naquele país.
"Isso não é uma escalada, isso é apenas boa política de ação", disse Rice à BBC.
Rice descreveu as atividades iranianas como "totalmente inaceitáveis".
A secretária de Estado apoiou o compromisso manifestado pelo presidente George W. Bush de realizar missões de busca e destruição contra grupos suspeitos de fabricar bombas para uso dentro do Iraque.
Irã
Nesta semana, soldados americanos invadiram o consulado do Irã na cidade de Irbil, no norte do Iraque, e prenderam cinco funcionários.
Um porta-voz do Pentágono afirmou que os detidos eram suspeitos de envolvimento em atividades contra as forças iraquianas e da coalizão liderada pelos Estados Unidos.
Tanto o presidente Bush como Rice já afirmaram nesta semana que pretendem aumentar as medidas contra aqueles que ameaçam desestabilizar o Iraque.
Também nesta sexta-feira, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, negou que as forças americanas no Iraque estejam planejando ataques na fronteira com o Irã e com a Síria.
Falando a um comitê do Senado americano, Gates disse que esse tipo de incursão seria um último recurso.
No final do ano passado, um relatório do Grupo de Estudos sobre o Iraque, coordenado pelo ex-secretário de Estado James Baker, aconselhava o governo americano a iniciar negociações com o Irã e a Síria em uma tentativa de encontrar uma solução para o Iraque.
Roteiro
A viagem de Rice ao Oriente Médio tem o objetivo de promover a nova estratégia dos Estados Unidos para o Iraque, anunciada oficialmente pelo presidente George W. Bush na noite de quarta-feira.
Bush anunciou o envio de 21,5 mil soldados adicionais ao Iraque em um esforço para conter a violência no país, especialmente na capital, Bagdá.
O roteiro da secretária de Estado inclui Egito, Jordânia, Arábia Saudita, Kuwait, Israel e territórios palestinos.
Rice afirmou que os líderes árabes têm todo o incentivo para ajudar, já que um Iraque estável é do interesse de todos.
Outro assunto na pauta da secretária será o conflito entre Israel e palestinos.
Rice disse, no entanto, que não tem um plano para encerrar o conflito na região.
"Eu acho que qualquer plano americano está fadado ao fracasso", disse. "Os Estados Unidos não vão conseguir sucesso nesta questão sozinhos. É preciso uma voz árabe - Egito, Jordânia, Arábia Saudita."
"Certamente é preciso ter a voz de facções moderadas entre os palestinos, como Abu Mazen (o presidente palestino Mahmoud Abbas). E (o plano) precisa ter uma voz de Israel", afirmou Rice.