Árabes e sul-americanos marcam reuniões ministeriais
da BBC, em Londres
Funcionários de alto escalão de governos árabes e sul-americanos acertaram uma agenda de reuniões ministeriais em um encontro realizada até quarta-feira no Cairo. Mas ainda são poucos os resultados concretos dos contatos iniciados na Cúpula de Chefes de Estado de Países Árabes e da América do Sul, realizada em Brasília em maio de 2005.
Analistas brasileiros elogiam a iniciativa do governo brasileiro de buscar promover a integração entre países das duas regiões, mas dizem que é chegado o momento de negociações mais concretas, que busquem abrir mercados e oportunidades de investimentos nos dois lados.
“Estas reuniões políticas são úteis e construtivas, mas ao mesmo tempo amplas demais. Agora que estes primeiros contatos já foram feitos, o governo deveria buscar projetos e parcerias com países específicos, que rendessem resultados mais concretos”, disse o diretor da Faculdade de Economia da Faap (São Paulo) e ex-ministro da Fazenda, embaixador Rubens Ricúpero.
No encontro realizado no Cairo foram marcadas reuniões dos ministros de Meio Ambiente (no Quênia, em fevereiro), da área econômica (no Marrocos, em abril) e de áreas sociais (no Egito, em Maio). A próxima cúpula de chefes de Estado está prevista para 2008, no Marrocos.
O coordenador das reuniões relativas à cúpula, o ministro Anuar Nahes, do Itamaraty, disse que discutir tratados de livre comércio não está no escopo destes encontros, mas ressaltou que tais negociações já vêm acontecendo entre o Mercosul e as nações árabes.
Conselho de Cooperação do Golfo
Um dos acordos prestes a ser fechado, com mais potencial de efeitos concretos, é o tratado de livre comércio entre o Mercosul e Conselho de Cooperação do Golfo (Pérsico).
“As negociações já estão muito avançadas e esperamos assinar o acordo até junho deste ano”, disse. “No âmbito das discussões da cúpula são feitos contatos políticos, culturais e de cooperação, que criam a base para essas negociações comerciais.”
O secretário-geral da Câmara de Comércio Brasil-Árabe, Michel Alaby, disse que entende que estes processos acontecem de maneira lenta. Mas Alaby cobra também uma posição mais ativa na negociação de acordos comerciais com os países árabes.
“Os tratados de liberalização de comércio do Mercosul com o Egito e com o Marrocos já estão sendo discutidos há muito tempo e têm que ser fechados urgentemente”, disse.
Coordenação
Alaby também disse que as discussões feitas em bloco pela América do Sul teriam mais impacto se as posições fossem melhor coordenadas.
“Deveria haver um país ou instituição que coordenasse as ações e posições do lado sul-americano, como a Liga Árabe faz em relação aos países árabes. Acho que neste momento é o Brasil quem tem condições de assumir este papel”, afirmou.
O diretor para as Américas da Liga Árabe, Ibrahim Mohie el-Din, disse que há um grande interesse das nações árabes em ampliar o contato com a América do Sul.
“Acho que uma das provas desta disposição é a presença de mais de cem delegados partcipando deste encontro no Cairo”, disse.
Analistas brasileiros elogiam a iniciativa do governo brasileiro de buscar promover a integração entre países das duas regiões, mas dizem que é chegado o momento de negociações mais concretas, que busquem abrir mercados e oportunidades de investimentos nos dois lados.
“Estas reuniões políticas são úteis e construtivas, mas ao mesmo tempo amplas demais. Agora que estes primeiros contatos já foram feitos, o governo deveria buscar projetos e parcerias com países específicos, que rendessem resultados mais concretos”, disse o diretor da Faculdade de Economia da Faap (São Paulo) e ex-ministro da Fazenda, embaixador Rubens Ricúpero.
No encontro realizado no Cairo foram marcadas reuniões dos ministros de Meio Ambiente (no Quênia, em fevereiro), da área econômica (no Marrocos, em abril) e de áreas sociais (no Egito, em Maio). A próxima cúpula de chefes de Estado está prevista para 2008, no Marrocos.
O coordenador das reuniões relativas à cúpula, o ministro Anuar Nahes, do Itamaraty, disse que discutir tratados de livre comércio não está no escopo destes encontros, mas ressaltou que tais negociações já vêm acontecendo entre o Mercosul e as nações árabes.
Conselho de Cooperação do Golfo
Um dos acordos prestes a ser fechado, com mais potencial de efeitos concretos, é o tratado de livre comércio entre o Mercosul e Conselho de Cooperação do Golfo (Pérsico).
“As negociações já estão muito avançadas e esperamos assinar o acordo até junho deste ano”, disse. “No âmbito das discussões da cúpula são feitos contatos políticos, culturais e de cooperação, que criam a base para essas negociações comerciais.”
O secretário-geral da Câmara de Comércio Brasil-Árabe, Michel Alaby, disse que entende que estes processos acontecem de maneira lenta. Mas Alaby cobra também uma posição mais ativa na negociação de acordos comerciais com os países árabes.
“Os tratados de liberalização de comércio do Mercosul com o Egito e com o Marrocos já estão sendo discutidos há muito tempo e têm que ser fechados urgentemente”, disse.
Coordenação
Alaby também disse que as discussões feitas em bloco pela América do Sul teriam mais impacto se as posições fossem melhor coordenadas.
“Deveria haver um país ou instituição que coordenasse as ações e posições do lado sul-americano, como a Liga Árabe faz em relação aos países árabes. Acho que neste momento é o Brasil quem tem condições de assumir este papel”, afirmou.
O diretor para as Américas da Liga Árabe, Ibrahim Mohie el-Din, disse que há um grande interesse das nações árabes em ampliar o contato com a América do Sul.
“Acho que uma das provas desta disposição é a presença de mais de cem delegados partcipando deste encontro no Cairo”, disse.