Bové lança pré-candidatura à Presidência da França
da BBC, em Londres
O ativista francês José Bové, famoso por liderar protestos antiglobalização, lançou nesta quinta-feira a sua pré-candidatura às eleições presidenciais que serão realizadas na França em abril deste ano.
Pela legislação francesa, os pré-candidatos têm até o dia 16 de março para reunir as 500 assinaturas necessárias, de prefeitos e parlamentares, para disputarem a eleição.
Na declaração em que anuncia a sua candidatura, Bové afirma que a França "nunca foi tão desigual" e promete uma transformação "social, solidária, ecológica, anti-racista e feminista".
Até agora cerca de 20 pessoas já anunciaram que pretendem concorrer à Presidência, incluindo o ministro do Interior Nicolas Sarkozy, a socialista Ségolène Royal e o direitista antimigração Jean-Marie Le Pen.
As mais recentes pesquisas de intenção de voto indicam que a disputa está entre Sarkozy e Royal.
No site da sua pré-candidatura, Bové diz que Sarkozy é um "homem perigoso" para a França por ameaçar a dissolução do Estado do bem-estar social e define Royal como representante a esquerda que se recusa a romper com a lógica do liberalismo econômico.
Aliança com Sul
Na sua mensagem, Bové diz ainda que, se eleito, trabalharia com "os países do Sul" para combater as políticas de liberalização que favorecem a guerra econômica e as privatizações.
"Nós vamos contribuir com os países do Sul para pôr fim à capacidade de destruição de instituições (Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional, Organização Mundial do Comércio) que reforçam as desigualdades e provocam sofrimentos que dão origem às guerras", afirma o ativista no site.
Bové já foi preso em três ocasiões, incluindo por ter atacado uma lanchonete do McDonald's que estava sendo construída na sua cidade-natal, Millau, no sul da França, em 1999, e por ter destruído plantações transgênicas em 2001 e 2003.
A acusação de 2001 refere-se à destruição de plantações de soja geneticamente modificada numa fazenda da empresa Monsanto no Rio Grande do Sul, durante o Fórum Social Mundial de 2001.
O ativista está aguardando uma decisão de um tribunal de apelações sobre um recurso em que ele contesta uma sentença de quatro meses de prisão por ter destruído mais plantações transgênicas em 2005.
O presidente francês, Jacques Chirac, não declarou ainda se vai concorrer. O primeiro turno das eleições presidenciais francesas está previsto para 22 de abril - o segundo turno deverá ocorrer em maio.
Pela legislação francesa, os pré-candidatos têm até o dia 16 de março para reunir as 500 assinaturas necessárias, de prefeitos e parlamentares, para disputarem a eleição.
Na declaração em que anuncia a sua candidatura, Bové afirma que a França "nunca foi tão desigual" e promete uma transformação "social, solidária, ecológica, anti-racista e feminista".
Até agora cerca de 20 pessoas já anunciaram que pretendem concorrer à Presidência, incluindo o ministro do Interior Nicolas Sarkozy, a socialista Ségolène Royal e o direitista antimigração Jean-Marie Le Pen.
As mais recentes pesquisas de intenção de voto indicam que a disputa está entre Sarkozy e Royal.
No site da sua pré-candidatura, Bové diz que Sarkozy é um "homem perigoso" para a França por ameaçar a dissolução do Estado do bem-estar social e define Royal como representante a esquerda que se recusa a romper com a lógica do liberalismo econômico.
Aliança com Sul
Na sua mensagem, Bové diz ainda que, se eleito, trabalharia com "os países do Sul" para combater as políticas de liberalização que favorecem a guerra econômica e as privatizações.
"Nós vamos contribuir com os países do Sul para pôr fim à capacidade de destruição de instituições (Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional, Organização Mundial do Comércio) que reforçam as desigualdades e provocam sofrimentos que dão origem às guerras", afirma o ativista no site.
Bové já foi preso em três ocasiões, incluindo por ter atacado uma lanchonete do McDonald's que estava sendo construída na sua cidade-natal, Millau, no sul da França, em 1999, e por ter destruído plantações transgênicas em 2001 e 2003.
A acusação de 2001 refere-se à destruição de plantações de soja geneticamente modificada numa fazenda da empresa Monsanto no Rio Grande do Sul, durante o Fórum Social Mundial de 2001.
O ativista está aguardando uma decisão de um tribunal de apelações sobre um recurso em que ele contesta uma sentença de quatro meses de prisão por ter destruído mais plantações transgênicas em 2005.
O presidente francês, Jacques Chirac, não declarou ainda se vai concorrer. O primeiro turno das eleições presidenciais francesas está previsto para 22 de abril - o segundo turno deverá ocorrer em maio.