Hillary Clinton diz que vai 'pôr fim à guerra no Iraque' se eleita
da BBC, em Londres
A senadora e presidenciável democrata Hillary Rodham Clinton disse nesta sexta-feira que se conquistar a presidência americana vai pôr um fim ao conflito no Iraque.
''Se nós no Congresso não conseguirmos pôr fim à guerra até janeiro de 2009, eu, como presidente, o farei'', disse a senadora durante a chamada reunião de inverno do Comitê Nacional do Partido Democrata, realizada em Washington.
''Permita-me deixar claro: se eu tivesse sido presidente em 2002, eu não teria dado início à guerra'', afirmou ainda a senadora, despertando aplausos da platéia.
Hillary votou a favor do conflito no Iraque, mas afirma que o presidente americano George W. Bush iludiu a ela e a outros americanos que inicialmente defenderam o envolvimento americano no Golfo.
A senadora fez o discurso de encerramento do evento e se dirigiu ao público pouco após o senador John Edwards, um de seus rivais democratas à Casa Branca.
Divergências
Os dois presidenciáveis deixaram claras suas divergências em relação a qual deve ser a resposta democrata para o projeto do presidente americano, George W. Bush, de enviar mais 21 mil e quinhentos soldados para o Iraque.
Edwards lembrou um discurso feito há mais de 40 anos por Marthin Luther King, na qual o ativista falou sobre a escalada militar no Vietnã, dizendo que há horas em que o silêncio é uma traição.
''Não podemos permitir, através de nosso silêncio, que este presidente promova uma escalada no Iraque. É uma traição. E não podemos nos satisfazer em aprovar uma resolução não-vinculante'', afirmou Edwards, em relação ao projeto defendido por Hillary Clinton no Senado.
A proposta, que será debatida na próxima semana, condena o envio de mais soldados, mas não impõe um veto financeiro ao projeto do presidente Bush. O Congresso tem o poder de vetar a concessão de verbas para a ampliação do número de tropas.
''O silêncio é uma traição. Temos de nos opor a essa guerra com toda a nossa força e vigor. Temos de dar uma prova de coragem. George Bush, Dick Cheney e Karl Rove não estão contando com isso. Não é hora de calculismo político'', afirmou o senador, despertando aplausos da platéia.
Poucos minutos depois, Hillary Clinton subiu ao palco e disse saber que ''muitos queriam que nós tivéssemos feito mais, mas se conseguirmos um expressivo voto bipartidário, será a primeira vez que teremos dito não ao presidente Bush''. O comentário levou muitos dos presentes a bater palmas de pé.
Reações
Outro dos presidenciáveis que discursou nesta sexta-feira foi o senador pelo Estado do Illinois Barack Obama, uma das atuais sensações do Partido Democrata.
Muito aplaudido assim que teve seu nome anunciado, Obama afirmou que ''todo candidato precisa deixar claro de que forma pretende retirar as tropas do Iraque''.
''Passamos o tempo todo pensando em táticas e manobras, se falamos que somos contra a guerra, nos chamam de antipatrióticos, se nos opomos à redução de impostos, dizem que somos a favor da guerra de classes.''
Obama afirmou que os políticos democratas devem ''ao povo americano'' que a campanha presidencial seja mais do que um competição para ver ''quem desencava mais esqueletos'' sobre o rival.
O senador contou com sua tradiconal recepção de astro de rock. Inúmeros flashes de câmeras marcaram sua subida ao palco e ele comentou: ''Às vezes parece que você está participando de um reality show de TV, como American Idol ou Survivor. E você não sabe se ao final irá parar em Hollywood ou se vão escolher você para ser expluso da ilha.''
Quando encerrou seu discurso dizendo ''não vou conseguir fazer isso tudo sozinho'', muitos o interromperarm exclamando: ''Eu estou com você''.
Apesar da calorosa recepção destinada a Obama, quem mais fez com que o evento se parecesse com um comício foi John Edwards, que conclamou os presentes a se erguerem para demonstrar estar de acordo com princípios historicamente associados ao Partido Democrata.
Hillary teve a vantagem de realizar o discurso de encerramento do evento, fazendo com que sua participação ganhasse ares de ter sido o destaque do dia. Mas isso teria sido mera coindicência, já que segundo um dos que discursaram, o presidente do Partido Democrata, Howard Dean, a ordem dos oradores foi escolhida através de um sorteio.
''Se nós no Congresso não conseguirmos pôr fim à guerra até janeiro de 2009, eu, como presidente, o farei'', disse a senadora durante a chamada reunião de inverno do Comitê Nacional do Partido Democrata, realizada em Washington.
''Permita-me deixar claro: se eu tivesse sido presidente em 2002, eu não teria dado início à guerra'', afirmou ainda a senadora, despertando aplausos da platéia.
Hillary votou a favor do conflito no Iraque, mas afirma que o presidente americano George W. Bush iludiu a ela e a outros americanos que inicialmente defenderam o envolvimento americano no Golfo.
A senadora fez o discurso de encerramento do evento e se dirigiu ao público pouco após o senador John Edwards, um de seus rivais democratas à Casa Branca.
Divergências
Os dois presidenciáveis deixaram claras suas divergências em relação a qual deve ser a resposta democrata para o projeto do presidente americano, George W. Bush, de enviar mais 21 mil e quinhentos soldados para o Iraque.
Edwards lembrou um discurso feito há mais de 40 anos por Marthin Luther King, na qual o ativista falou sobre a escalada militar no Vietnã, dizendo que há horas em que o silêncio é uma traição.
''Não podemos permitir, através de nosso silêncio, que este presidente promova uma escalada no Iraque. É uma traição. E não podemos nos satisfazer em aprovar uma resolução não-vinculante'', afirmou Edwards, em relação ao projeto defendido por Hillary Clinton no Senado.
A proposta, que será debatida na próxima semana, condena o envio de mais soldados, mas não impõe um veto financeiro ao projeto do presidente Bush. O Congresso tem o poder de vetar a concessão de verbas para a ampliação do número de tropas.
''O silêncio é uma traição. Temos de nos opor a essa guerra com toda a nossa força e vigor. Temos de dar uma prova de coragem. George Bush, Dick Cheney e Karl Rove não estão contando com isso. Não é hora de calculismo político'', afirmou o senador, despertando aplausos da platéia.
Poucos minutos depois, Hillary Clinton subiu ao palco e disse saber que ''muitos queriam que nós tivéssemos feito mais, mas se conseguirmos um expressivo voto bipartidário, será a primeira vez que teremos dito não ao presidente Bush''. O comentário levou muitos dos presentes a bater palmas de pé.
Reações
Outro dos presidenciáveis que discursou nesta sexta-feira foi o senador pelo Estado do Illinois Barack Obama, uma das atuais sensações do Partido Democrata.
Muito aplaudido assim que teve seu nome anunciado, Obama afirmou que ''todo candidato precisa deixar claro de que forma pretende retirar as tropas do Iraque''.
''Passamos o tempo todo pensando em táticas e manobras, se falamos que somos contra a guerra, nos chamam de antipatrióticos, se nos opomos à redução de impostos, dizem que somos a favor da guerra de classes.''
Obama afirmou que os políticos democratas devem ''ao povo americano'' que a campanha presidencial seja mais do que um competição para ver ''quem desencava mais esqueletos'' sobre o rival.
O senador contou com sua tradiconal recepção de astro de rock. Inúmeros flashes de câmeras marcaram sua subida ao palco e ele comentou: ''Às vezes parece que você está participando de um reality show de TV, como American Idol ou Survivor. E você não sabe se ao final irá parar em Hollywood ou se vão escolher você para ser expluso da ilha.''
Quando encerrou seu discurso dizendo ''não vou conseguir fazer isso tudo sozinho'', muitos o interromperarm exclamando: ''Eu estou com você''.
Apesar da calorosa recepção destinada a Obama, quem mais fez com que o evento se parecesse com um comício foi John Edwards, que conclamou os presentes a se erguerem para demonstrar estar de acordo com princípios historicamente associados ao Partido Democrata.
Hillary teve a vantagem de realizar o discurso de encerramento do evento, fazendo com que sua participação ganhasse ares de ter sido o destaque do dia. Mas isso teria sido mera coindicência, já que segundo um dos que discursaram, o presidente do Partido Democrata, Howard Dean, a ordem dos oradores foi escolhida através de um sorteio.