Exportações do Brasil para o Iraque triplicam
da BBC, em Londres
Apesar da violência ininterrupta no Iraque, as exportações do Brasil ao país do Oriente Médio estão crescendo sem parar, embora continuem longe dos níveis dos anos 80, quando o comércio bilateral entre os dois países chegou a quase US$ 2,5 bilhões (R$ 5,2 bilhões) no pico, em 1985.
Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, as exportações em 2006 chegaram a quase US$ 153 milhões (R$ 318 milhões), quase o triplo dos US$ 52 milhões (R$ 108 milhões) de 2005.
Em 2006 o Brasil importou US$ 596 milhões (R$ 1,2 bilhão) em petróleo iraquiano.
Cálculos da Câmara de Comércio Brasil-Iraque indicam que outros US$ 52 milhões em produtos brasileiros chegaram ao Iraque passando pelas mãos de importadores e distribuidores baseados nos países vizinhos.
"Quando a exportação de frango brasileiro para o Kuweit deu um grande salto fomos investigar e concluímos que grande parte do produto estava indo para o Iraque", disse por telefone de Amã, na Jordânia, o embaixador brasileiro para o Iraque, Bernardo de Azevedo Brito.
Mas mesmo com estas "operações triangulares" as trocas comerciais entre Brasil e o Iraque estão ainda muito abaixo do recorde de 1985, quando o Brasil exportou US$ 630 milhões (R$ 1,3 bilhão) em produtos e serviços para o país.
Segurança
A instabilidade e a falta de segurança no Iraque dificultam qualquer previsão confiável sobre a recuperação econômica do paísm, mas o governo e os empresários brasileiros se dizem otimistas com as perspectivas comerciais.
"O Iraque é um país que tem necessidades enormes de reconstrução e dinheiro do petróleo para pagar por elas", disse, de São Paulo, o presidente da Câmara de Comércio Brasil-Iraque, Jalal Chaya.
"É verdade que fica muito dificil fazer negócios num ambiente de violência como aquele mas o país continua a precisar de itens essenciais que o Brasil tem condições de fornecer", afirma.
Chaya diz que além dos alimentos, que o Brasil já vinha vendendo há mais tempo, as empresas brasileiras também vêm conseguindo aumentar suas exportações de equipamentos de infra-estrutura elétrica e de transporte para o Iraque.
Reconstrução
O embaixador Azevedo Brito observa que começa a haver mais abertura para que grandes empresas brasileiras entrem também na disputa pelos grandes projetos de infra-estrutura, como a reconstrução de estradas e de usinas elétricas.
Inicialmente, as autoridades americanas haviam determinado que apenas empresas de países que participaram da aliança militar que derrubou Saddam Hussein poderiam participar de licitações para obras públicas.
"Mas além dos exércitos estrangeiros, há no Iraque também um governo soberano que tem seus interesses e quer ver as obras acontecerem mais rápido e com a participação de mais empresas", diz.
Apesar de todos os problemas de segurança que ainda persistem, Azevedo Brito aposta que "em menos de cinco anos" o Iraque pode voltar a ter para o Brasil o peso comercial que já teve nos anos 80.
Por ora, o embaixador trabalha em um “núcleo de assuntos iraquianos” instalado na embaixada em Amã, na Jordânia, porque a violência torna muito cara – e potencialmente pouco produtiva – a manutenção de uma missão permanente no Iraque.
“Espero que nos próximos seis meses tenhamos uma previsão mais clara de quando será possível instalar uma embaixada em Bagdá”, diz.
Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, as exportações em 2006 chegaram a quase US$ 153 milhões (R$ 318 milhões), quase o triplo dos US$ 52 milhões (R$ 108 milhões) de 2005.
Em 2006 o Brasil importou US$ 596 milhões (R$ 1,2 bilhão) em petróleo iraquiano.
Cálculos da Câmara de Comércio Brasil-Iraque indicam que outros US$ 52 milhões em produtos brasileiros chegaram ao Iraque passando pelas mãos de importadores e distribuidores baseados nos países vizinhos.
"Quando a exportação de frango brasileiro para o Kuweit deu um grande salto fomos investigar e concluímos que grande parte do produto estava indo para o Iraque", disse por telefone de Amã, na Jordânia, o embaixador brasileiro para o Iraque, Bernardo de Azevedo Brito.
Mas mesmo com estas "operações triangulares" as trocas comerciais entre Brasil e o Iraque estão ainda muito abaixo do recorde de 1985, quando o Brasil exportou US$ 630 milhões (R$ 1,3 bilhão) em produtos e serviços para o país.
Segurança
A instabilidade e a falta de segurança no Iraque dificultam qualquer previsão confiável sobre a recuperação econômica do paísm, mas o governo e os empresários brasileiros se dizem otimistas com as perspectivas comerciais.
"O Iraque é um país que tem necessidades enormes de reconstrução e dinheiro do petróleo para pagar por elas", disse, de São Paulo, o presidente da Câmara de Comércio Brasil-Iraque, Jalal Chaya.
"É verdade que fica muito dificil fazer negócios num ambiente de violência como aquele mas o país continua a precisar de itens essenciais que o Brasil tem condições de fornecer", afirma.
Chaya diz que além dos alimentos, que o Brasil já vinha vendendo há mais tempo, as empresas brasileiras também vêm conseguindo aumentar suas exportações de equipamentos de infra-estrutura elétrica e de transporte para o Iraque.
Reconstrução
O embaixador Azevedo Brito observa que começa a haver mais abertura para que grandes empresas brasileiras entrem também na disputa pelos grandes projetos de infra-estrutura, como a reconstrução de estradas e de usinas elétricas.
Inicialmente, as autoridades americanas haviam determinado que apenas empresas de países que participaram da aliança militar que derrubou Saddam Hussein poderiam participar de licitações para obras públicas.
"Mas além dos exércitos estrangeiros, há no Iraque também um governo soberano que tem seus interesses e quer ver as obras acontecerem mais rápido e com a participação de mais empresas", diz.
Apesar de todos os problemas de segurança que ainda persistem, Azevedo Brito aposta que "em menos de cinco anos" o Iraque pode voltar a ter para o Brasil o peso comercial que já teve nos anos 80.
Por ora, o embaixador trabalha em um “núcleo de assuntos iraquianos” instalado na embaixada em Amã, na Jordânia, porque a violência torna muito cara – e potencialmente pouco produtiva – a manutenção de uma missão permanente no Iraque.
“Espero que nos próximos seis meses tenhamos uma previsão mais clara de quando será possível instalar uma embaixada em Bagdá”, diz.