Coração de astronauta
da BBC, em Londres
Este escândalo rasgou o coração da Nasa! Mais de meio século de pureza sanitizada com a mais avançada tecnologia foram para o brejo com a paixão escandalosa, quase mortal, da capitã Lisa Nowak.
Ela está apaixonada por outro astronauta o comandante Willliam Oefelein, com que ela nunca voou nem dormiu, mas não era a única. Outra astronauta, também capitã, Shipman, estava na órbita do comandante.
Lisa Nowak viajou 1.500 quilômetros de fraldas, uma distância do Rio a Porto Alegre, porque não queria perder tempo para fazer xixi (ainda não explicaram que carro é este que roda 1.500 km com um tanque), levando instrumentos mortais.
O plano deu errado no estacionamento do aeroporto de Orlando quando a capitã que seria a vitima conseguiu escapulir do ataque e chamar a polícia. Desde então não há guerra nem político capaz de roubar as manchetes e a atenção da imprensa por esta paixão com fraldas.
Outros tempos
Do Apollo 9 ao Apollo 13 eu ia com freqüência ao centro espacial de Houston que na realidade fica à uma hora de Houston num dos subúrbios - Clear Lake - mais entediantes dos Estados Unidos.
Trabalhava para as revistas Manchete e Fatos e Fotos que deitavam e rolavam com as fotos e ilustrações da Nasa. Eram lindas em páginas duplas. E de graça.
Difícil saber qual era mais profundo: nossa ignorância ou nosso interesse pelo programa espacial. Um editor da Manchete, mais de uma vez deu crédito às ilustrações da Nasa ao pintor/ilustrador Norman Rockwell em vez de Rockwell, a fabricante de componentes espaciais. Confundia os dois.
Na época do lançamento da Apollo 11 passei lá quase um mês com mais de mil jornalistas em busca de matérias na Nasa e no setor de imprensa ouvi uma das broncas mais agressivas e pornográficas da minha carreira. Foi da jornalista Oriana Fallaci. Que show de insultos e palavrões, em inglês e italiano.
Ela queria acesso aos astronautas, engenheiros, qualquer pessoa que dissesse alguma coisa interessante fora do científico. Queria chegar ao coração da Nasa.
Foi num sábado, já tarde da noite e Oriana saiu de lá aos berros, de mãos vazias.
Nasa
Norman Mailer também estava lá escrevendo seu imenso artigo para a revista Life - "Of a a Fire to the Moon”. Com freqüência cruzava com ele entrando ou saindo do nosso motel.
“Impossível descobrir o pulso desta merda”, queixava-se ele, um escritor com um dos faros mais apurados destes país. Pelos filtros da Nasa não passava nada.
Fiz amizade com Fuad Akin, um editor turco, que chegou tarde, quase na véspera do lançamento e aflito por uma história. “Estava em lua de mel na Itália quando foi convocado pelo patrão para cobrir o vôo à lua: - você sabe inglês e já conhece os Estados Unidos”. O pobre Fuad não sabia o que era módulo lunar mas era ousado.
Foi preso no quintal da casa do comandante Buzz Aldrin, segundo homem a pisar na lua.
"Queria só conversar com a Sra. Aldrin sobre o marido, sobre a vida deles, os prazeres, a rotina do dia a dia”, explicou a policia enquanto era algemado. Como era ingênuo o amigo Fuad, interessado na vida íntima de astronautas.
Enfim ela existe. O escândalo mostra que eles, alem de fraldas, tem coração.
Ela está apaixonada por outro astronauta o comandante Willliam Oefelein, com que ela nunca voou nem dormiu, mas não era a única. Outra astronauta, também capitã, Shipman, estava na órbita do comandante.
Lisa Nowak viajou 1.500 quilômetros de fraldas, uma distância do Rio a Porto Alegre, porque não queria perder tempo para fazer xixi (ainda não explicaram que carro é este que roda 1.500 km com um tanque), levando instrumentos mortais.
O plano deu errado no estacionamento do aeroporto de Orlando quando a capitã que seria a vitima conseguiu escapulir do ataque e chamar a polícia. Desde então não há guerra nem político capaz de roubar as manchetes e a atenção da imprensa por esta paixão com fraldas.
Outros tempos
Do Apollo 9 ao Apollo 13 eu ia com freqüência ao centro espacial de Houston que na realidade fica à uma hora de Houston num dos subúrbios - Clear Lake - mais entediantes dos Estados Unidos.
Trabalhava para as revistas Manchete e Fatos e Fotos que deitavam e rolavam com as fotos e ilustrações da Nasa. Eram lindas em páginas duplas. E de graça.
Difícil saber qual era mais profundo: nossa ignorância ou nosso interesse pelo programa espacial. Um editor da Manchete, mais de uma vez deu crédito às ilustrações da Nasa ao pintor/ilustrador Norman Rockwell em vez de Rockwell, a fabricante de componentes espaciais. Confundia os dois.
Na época do lançamento da Apollo 11 passei lá quase um mês com mais de mil jornalistas em busca de matérias na Nasa e no setor de imprensa ouvi uma das broncas mais agressivas e pornográficas da minha carreira. Foi da jornalista Oriana Fallaci. Que show de insultos e palavrões, em inglês e italiano.
Ela queria acesso aos astronautas, engenheiros, qualquer pessoa que dissesse alguma coisa interessante fora do científico. Queria chegar ao coração da Nasa.
Foi num sábado, já tarde da noite e Oriana saiu de lá aos berros, de mãos vazias.
Nasa
Norman Mailer também estava lá escrevendo seu imenso artigo para a revista Life - "Of a a Fire to the Moon”. Com freqüência cruzava com ele entrando ou saindo do nosso motel.
“Impossível descobrir o pulso desta merda”, queixava-se ele, um escritor com um dos faros mais apurados destes país. Pelos filtros da Nasa não passava nada.
Fiz amizade com Fuad Akin, um editor turco, que chegou tarde, quase na véspera do lançamento e aflito por uma história. “Estava em lua de mel na Itália quando foi convocado pelo patrão para cobrir o vôo à lua: - você sabe inglês e já conhece os Estados Unidos”. O pobre Fuad não sabia o que era módulo lunar mas era ousado.
Foi preso no quintal da casa do comandante Buzz Aldrin, segundo homem a pisar na lua.
"Queria só conversar com a Sra. Aldrin sobre o marido, sobre a vida deles, os prazeres, a rotina do dia a dia”, explicou a policia enquanto era algemado. Como era ingênuo o amigo Fuad, interessado na vida íntima de astronautas.
Enfim ela existe. O escândalo mostra que eles, alem de fraldas, tem coração.